O México se tornou o maior mercado para produtos do agronegócio brasileiro nos últimos anos, importando 22 itens que antes não adquiria do Brasil, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária desde 2023.
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A comercialização desses produtos para o México gerou US$ 870 milhões para o setor. Para se ter uma noção, o valor representa mais da metade das exportações do agro brasileiro para novos mercados em âmbito global no período, totalizando US$ 1,7 bilhão.
As proteínas animais se destacam como um exemplo de sucesso: no ano passado, o agronegócio registrou vendas de US$ 214 milhões em carne bovina e US$ 102,6 milhões em carne suína para o México, considerando que ambos os mercados foram abertos recentemente.
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A proximidade ocorre em meio à tarifização do presidente Donald Trump, que ameaça as vendas do Brasil e, em especial, do México aos Estados Unidos.
Brasil e México indicam o desejo de intensificarem suas relações.
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O governo federal avalia o envio de uma comitiva ao México em agosto para discutir acordos comerciais. A delegação seria coordenada pelo vice-presidente e pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), Geraldo Alckmin, e ocorreria nos dias 27 e 28.
Brasil e México buscam aproximação.
Em dezembro passado, o presidente Lula dialogou sobre tarifas com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, por telefone.
Na ligação, Lula destacou a relevância de aprofundar os vínculos econômicos e comerciais entre os dois países, mencionando um “momento de incertezas”.
Lula teria sugerido a Sheinbaum o início das negociações para ampliar o acordo comercial Brasil-México. Atualmente, os países dependem apenas de um acordo de complementação econômica de escopo limitado. Conversas para expandir esse acordo são realizadas desde a década passada, porém, não progrediram.
Em pouco mais de um mês, negociadores brasileiros se encontraram no México para discutir as relações comerciais. A ocasião marcou o interesse do Brasil em aprofundar os intercâmbios. De acordo com informações da CNN, a conversa ainda se encontra em fase inicial.
Técnicos apontam que produtos agropecuários brasileiros historicamente apresentam perdas de até 60% no país. As vendas iniciaram a crescer a partir de 2022, embora o governo mexicano tenha implementado o “Paquete Contra la Inflação y la Carestía” (Pacic), que isentou diversos alimentos importados.
Fonte por: CNN Brasil