Mercado Livre em Queda com Ação da Amazon
As ações do Mercado Livre (MELI), negociadas na Nasdaq, apresentaram forte baixa nos negócios desta quarta-feira, 1º de dezembro. No fechamento, o papel atingiu a mínima de US$ 2.201,76, representando uma redução de 5,78% em relação ao fechamento anterior. Os BDRs da empresa também operavam abaixo de R$ 100 na B3.
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O desempenho negativo se intensificou após uma queda de 6,57% registrada no pregão de ontem, em Nova York. O ano de 2025 já mostrava um crescimento expressivo, com as ações subindo 37,4% até o fechamento de ontem, impulsionadas por um desempenho positivo no início do mês de julho, que chegou a atingir a máxima de US$ 2.645,22.
Ação da Amazon e o Programa FBA
A queda das ações do Mercado Livre coincide com uma decisão da Amazon (AMZO34) de eliminar as taxas de armazenamento e envio do Fulfillment by Amazon (FBA) entre 30 de setembro e 3 de dezembro, durante a Black Friday. Essa estratégia visa competir diretamente com o Mercado Livre e a Shopee, buscando aumentar sua presença no mercado brasileiro.
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O programa FBA permite que vendedores repassem para a Amazon a responsabilidade pelo armazenamento, embalagem e envio dos pedidos. Isso agiliza as entregas, amplia a exposição dos produtos e oferece vantagens aos clientes, como a inclusão no programa Prime. A Amazon, recentemente, zerou as comissões e reembolsou outras taxas, tornando a entrada no marketplace ainda mais atraente.
Resposta do Mercado Livre e Concorrência
O Mercado Livre intensificou sua política de subsídios em frete e logística, reduzindo os valores mínimos para garantir frete grátis e diminuindo os custos de envio cobrados dos vendedores. Essa medida surge como resposta à expansão da Shopee no mercado brasileiro, que conquistou espaço com preços mais baixos e a vantagem de custo.
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Segundo um relatório do Itaú BBA, liderado por Rodrigo Gastim, o Mercado Livre deverá adotar uma estratégia semelhante, cortando os custos de sua modalidade full, que representa uma fatia “dígito baixo a médio” do valor total de mercadorias transacionadas (GMV). A equipe avalia que a Amazon, atualmente três vezes maior que o Mercado Livre no Brasil, está implementando uma das manobras mais agressivas da empresa.
