Encontro entre Lula e Trump gera otimismo no mercado
O encontro realizado neste domingo (26) entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve repercussão positiva no mercado interno. Analistas consultados pela CNN Brasil acreditam que a reunião pode facilitar acordos futuros, valorizar o real em relação ao dólar e estabilizar os juros futuros.
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Gustavo Trotta, sócio da Valor Investimentos, destacou a importância do diálogo: “Foi um encontro diplomático e significativo. Quando há conversa, o mercado reage positivamente. É um passo essencial para o desenvolvimento e a abertura de um canal de diálogo. Embora não haja um avanço total, o mercado percebeu um tom otimista.”
Expectativas de previsibilidade no mercado financeiro
Especialistas também apontam que o progresso nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos pode trazer maior previsibilidade ao mercado financeiro. Ricardo Trevisan Gallo, CEO da Gravus Capital, afirmou que, se as equipes de ambos os países conseguirem a suspensão temporária das tarifas, o mercado poderá reduzir o prêmio de risco, criando uma oportunidade para a compra de papéis, reais e títulos da dívida pública brasileira.
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Gallo prevê que a segunda-feira trará reflexos concretos nos mercados, como a queda do dólar em relação ao real no pregão inicial e a diminuição dos yields curtos e médios entre 10 e 40 bps nos vencimentos líquidos de curto prazo. Ele acredita que isso é plausível e que haverá uma valorização setorial, com exportadores e empresas industriais liderando a alta intradia.
Impactos políticos e econômicos do encontro
José Victor Cassiolato, estrategista da Victrix Capital, ressaltou que o encontro reforçou as expectativas do mercado sobre a crise tarifária entre Brasil e Estados Unidos, podendo representar um ganho político para o governo Lula. “Esse evento é mais um passo que fortalece a candidatura de Lula para as eleições de 2026 e os impactos que isso pode ter no mercado, tanto em relação à gestão fiscal quanto à política monetária”, argumentou Cassiolato.
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Ele também observou que, até o momento, não há impactos imediatos em setores específicos. A expectativa é que, com a possível redução das tarifas, algumas empresas brasileiras consigam se valorizar, recuperando parte das perdas enfrentadas quando as tarifas foram implementadas por Donald Trump.
