Mercado de Trabalho: Vale o risco de aceitar cargo abaixo do seu nível?
Executivo revela critérios para aceitar ou rejeitar promoções e mudanças de cargo na carreira.
Aceitar ou Recusar: Navegando em Oportunidades de Carreira
Com 1,2 milhão de novos postos de trabalho criados no primeiro semestre e uma taxa de desemprego de 5,8% – o menor patamar desde 2012 –, o mercado brasileiro apresenta um cenário promissor. No entanto, profissionais qualificados enfrentam um dilema: aceitar vagas abaixo da sua formação ou recusá-las. Essa questão se torna cada vez mais relevante, especialmente para aqueles em meio de carreira.
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Identificando Vagas Inadequadas
Determinar se uma vaga de emprego não corresponde à sua qualificação vai além de comparar títulos. Joaquim Santini, pesquisador e palestrante sobre a vida organizacional, explica que é preciso analisar o conteúdo real da função e o contexto organizacional. Indicadores importantes incluem a ausência de responsabilidades que exijam suas competências técnicas ou de liderança, a falta de projetos desafiadores e a ausência de oportunidades de aprendizado.
Quando Aceitar uma Vaga Inferior?
Existem situações específicas em que aceitar uma posição aparentemente inferior pode ser uma estratégia inteligente. Santini destaca que a decisão faz sentido quando permite entrar na empresa dos sonhos ou em um setor com alto potencial de crescimento futuro. Profissionais que aceitam posições iniciais em grandes multinacionais, por exemplo, podem evoluir para cargos de liderança, desde que a empresa ofereça cultura de promoção interna.
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Recusando uma Oferta
Antes de aceitar, é crucial avaliar três aspectos fundamentais: a existência de aprendizado relevante, a compensação da remuneração e a perspectiva de crescimento. Se a vaga não explora seu potencial, não amplia suas capacidades e ainda restringe horizontes, a recusa se justifica.
Criando um Plano de Carreira
Ao aceitar uma posição diferente da esperada, o sucesso depende de um plano bem estruturado. Santini sugere enxergar a vaga como temporária e instrumental, definindo metas pré-estabelecidas, como habilidades a serem desenvolvidas, contatos a serem feitos e experiência a ser agregada ao currículo.
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Tempo Ideal na Empresa
A duração ideal de permanência na empresa não tem uma resposta única. Períodos muito curtos (inferiores a um ano) podem ser mal vistos, enquanto permanecer anos sem evolução pode indicar acomodação. O pesquisador sugere um ciclo de adaptação inicial (3 a 6 meses), contribuição efetiva (após), e expansão de responsabilidades (entre o 1º e 2º ano).
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












