Previsão de Crescimento do Mercado Segurador em 2024
O mercado de seguros deve registrar um crescimento de 1,9% neste ano, segundo previsões de entidades do setor. Essa estimativa representa uma queda significativa em relação à projeção anterior de 10,1%, divulgada em dezembro de 2024. A redução é atribuída à cobrança do IOF sobre planos de previdência no regime VGBL e aos cortes na subvenção ao seguro rural.
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A nova previsão foi apresentada nesta terça-feira (4) pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) e pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). As entidades afirmam que a cobrança do IOF sobre o VGBL prejudica os esforços do mercado para incentivar a poupança de longo prazo, prevendo uma queda de 19,4% na captação desse produto em 2025.
Impactos das Novas Regras e do Seguro Rural
As novas regras impuseram uma alíquota de 5% para aportes superiores a R$ 300 mil neste ano e acima de R$ 600 mil a partir de 2026. Isso impactou negativamente o desempenho do segmento de previdência, que registrou uma queda de 15,2% nas contribuições entre janeiro e agosto de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior.
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Quanto aos cortes na subvenção ao seguro rural, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destacou que a falta de apoio leva muitos agricultores a não contratarem seguros, aumentando sua exposição a riscos climáticos e de mercado. Atualmente, apenas 2,3% dos 97 milhões de hectares cultivados têm cobertura.
A expectativa é que o seguro rural termine o ano com uma retração de pelo menos 2,7%.
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Destaques Positivos no Setor de Seguros
Entre janeiro e agosto deste ano, o setor arrecadou R$ 8,7 bilhões, o que representa uma queda de 6,7%. Oliveira ressaltou que muitos recursos previstos não são executados, comprometendo a proteção de pequenos e médios produtores, que são os mais vulneráveis a perdas.
Ele enfatizou a necessidade de ampliar os mecanismos de cobertura para garantir a segurança do setor agropecuário nos próximos anos.
Apesar dos desafios, as entidades destacaram alguns segmentos que devem apresentar crescimento. O seguro de automóvel deve crescer 6,4%, o habitacional 12,9%, o de risco de engenharia 34,6% e o de vida 11,6%.
