Mercado de capitais europeu em retração, com atenção redobrada aos Estados Unidos
Acompanhamento de negociações comerciais e possível retorno de tarifas em 9 de julho está sendo monitorado pelo mercado.

<p>As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa nesta sexta-feira (4), pressionadas pela cautela com a postura tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto o prazo para a suspensão das tarifas se aproxima, e há a incerteza sobre a chance de acordos serem celebrados até a data.</p>
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A sessão apresenta liquidez diminuída em razão do feriado americano de 4 de julho.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 0,48%, aos 541,13 pontos. Em Londres, o FTSE 100 manteve-se estável, em 8.822,91 pontos. Em Frankfurt, o DAX desvalorizou-se 0,57%, atingindo 23.798,12 pontos. Em Paris, o CAC 40 registrou uma retração de 0,75%, situando-se em 7.696,27 pontos.
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A semana encerra com prudência, à medida que os investidores esperam os anúncios definitivos sobre as taxas de juros nos EUA — que provavelmente não serão favoráveis, segundo Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank.
Restar verificar se isso tem relevância para os ativos de risco. Nos últimos meses, os mercados têm desafiado cada vez mais as reações tradicionais, suscitando novas preocupações sobre a real sustentabilidade dessa alta, pondera.
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Trump afirmou na quinta-feira (3) que Washington iniciará a enviar cartas aos países nesta sexta-feira detalhando as tarifas às quais eles estarão sujeitos.
Com o encerramento, na quarta-feira (9), do período de 90 dias na suspensão das “tarifas recíprocas”, diversos grandes parceiros comerciais, incluindo a UE (União Europeia), ainda não haviam formalizado acordos com os Estados Unidos.
A Comissão Europeia procura um acordo preliminar com os Estados Unidos antes do vencimento do prazo.
A China informou que aplicará tarifas anti-dumping de até 34,9% nas importações de conhaque da União Europeia, a partir de sábado (5). A medida não se estende a produtores da bebida que tenham estabelecido acordos de preços de compromisso com Pequim, como as francesas Rémy Cointreau, Pernod Ricard e Hennessy, que pertence ao grupo de artigos de luxo LVMH, que registrou queda de 1,76% em Paris.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, reafirmou o propósito de atingir a estabilidade de preços na eurozona. Lagarde destacou que persiste grande incerteza e imprevisibilidade econômica, em grande parte relacionada às novas políticas comerciais dos Estados Unidos.
As encomendas industriais na Alemanha decepcionaram em maio, com uma queda de 1,4%, um resultado significativamente superior às expectativas.
Em Milão, o FTSE MIB desvalorizou-se 0,8%, atingindo os 39.622,11 pontos. Em Madri, o Ibex35 caiu 1,48%, a 13.973 pontos. Lisboa foi a exceção, onde o PSI 20 subiu 0,3%, a 7.777,66 pontos, impulsionado pela EDP renováveis, que registrou alta de 1,65%, em um período volátil da empresa, acompanhando as políticas energéticas de Trump.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.