Mercado de Apostas Esportivas no Brasil Enfrenta Desafios com a Clandestinidade
O mercado de apostas esportivas no Brasil, regulamentado a partir de janeiro de 2025, enfrenta um desafio significativo: a persistência da clandestinidade. Segundo dados do “Fora do radar: dimensionamento e impactos socioeconômicos do mercado ilegal de apostas no Brasil”, realizado a pedido do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), cerca de 51% do setor ainda opera ilegalmente.
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Essa atividade movimenta aproximadamente R$ 38 bilhões anualmente, representando uma perda de arrecadação tributária de R$ 10,8 bilhões para o país.
Impactos da Clandestinidade e Arrecadação do Setor Regulamentado
A operação ilegal não recolhe impostos e não segue as regras de proteção ao consumidor. Em contraste, o setor regulamentado, que recolheu R$ 6,85 bilhões em 2025 (dados da Receita Federal do Brasil), tem um modelo de tributação sobre o consumo que atinge cerca de 25%, composto por 12% sobre a GGR (receita bruta de jogos), além de PIS, Cofins e contribuição previdenciária.
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Medidas para Combater a Clandestinidade
Para mitigar a ilegalidade, o IBJR propõe o rastreamento e bloqueio de transações via Pix para plataformas ilegais, monitorado pelo Banco Central, além da responsabilização de influenciadores e fornecedores de tecnologia que atuam no mercado ilegal.
A instituição também defende a comunicação clara ao público, informando que operadoras sem o domínio “.bet.br” não estão autorizadas pelo governo federal.
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Iniciativas e Dados Recentes
Em setembro de 2025, o IBJR lançou a campanha “A Incidência de Apostas Ilegais no Brasil”, que utiliza a expressão popular “bode na sala” para simbolizar o mercado clandestino. Dados do Instituto Locomotiva revelam que 61% dos apostadores já indicaram ter apostado no mercado ilegal em 2025.
O IBJR acredita que a fiscalização das operações autorizadas, juntamente com o combate à clandestinidade, são fundamentais para garantir um ambiente justo e seguro para todos os envolvidos.
