Meloni alerta sobre acordo UE-Mercosul: Itálie resiste e ameaça fraco apoio à cúpula em Bruxelas. Negociações apertadas e futuro do acordo em risco.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, manifestou nesta quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, sua preocupação com a assinatura iminente do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Meloni fez o pronunciamento antes da cúpula de líderes europeus em Bruxelas, na Bélgica, ressaltando que considera prematura a formalização do acordo.
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Segundo a primeira-ministra, é necessário que o pacote de medidas adicionais para proteger o setor agrícola seja totalmente aperfeiçoado. Ela enfatizou que novas garantias precisam ser discutidas com os agricultores italianos, buscando assegurar a segurança do setor.
A hesitação da Itália, combinada com a postura de outros países, pode dificultar a obtenção da maioria qualificada exigida para aprovar o tratado. Para que o acordo seja aprovado, é preciso o apoio de pelo menos 15 países que representem 65% da população do bloco.
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A França tem expressado a necessidade de adiar os prazos de dezembro, buscando garantir que as proteções legítimas para a agricultura europeia sejam asseguradas. O gabinete do primeiro-ministro francês também se manifestou sobre o assunto.
A Comissão Europeia propôs concessões, como salvaguardas mais robustas e um fundo de compensação para agricultores, mas Meloni considera as medidas insuficientes no estágio atual. Ela expressou confiança de que, com o início do novo ano, as condições necessárias para a aprovação do acordo poderão ser cumpridas.
Antes da reunião dos líderes europeus, Bruxelas sediará uma rodada decisiva de negociações sobre o pacote adicional de salvaguardas agrícolas. Ainda não há garantia de que um acordo seja fechado a tempo de permitir uma decisão final na sexta-feira (19 de dezembro).
Sem a maioria qualificada, o plano da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de viajar ao Brasil no sábado (20 de dezembro) para assinar o acordo, pode fracassar na última hora.
Na terça-feira (16 de dezembro), o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que é possível assinar o acordo no sábado (20 de dezembro). A negociação se arrasta há 26 anos e, segundo Lula, agora depende de Macron e da primeira-ministra italiana.
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Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.