Melitta e 3corações elevam valores do café no Brasil, segundo documentos
Assaldadores em todo o mundo estão começando a ceder à pressão do aumento de custos, visto que consumidores com dificuldades financeiras estão reagindo.
As empresas Torrefadoras de Café 3 Corações e Melitta elevaram os preços de seus produtos no Brasil, o segundo maior consumidor mundial de café, atrás dos Estados Unidos, conforme dados enviados a clientes e noticiados pela Reuters.
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A 3corações, fruto da parceria entre a empresa brasileira São Miguel e o grupo israelense Strauss, anunciou o aumento de preços de 10% no café torrado e moído e de 7% no café solúvel, a partir de 1º de setembro.
A Melitta América do Sul, também relevante no mercado brasileiro, comunicou que elevará os preços em 15% a partir de 1º de setembro.
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As duas empresas, que apontaram o aumento dos preços da grão verde, a volatilidade e as questões climáticas como justificativas para o aumento, não responderam prontamente aos pedidos de comentário.
Os preços globais das grãos arábica crus aumentaram em mais de 20% neste ano, após uma elevação de 70% no ano anterior, com o Brasil, principal produtor, enfrentando mais uma safra fraca devido às condições climáticas desfavoráveis.
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Recentemente, a decisão dos Estados Unidos, principal consumidor de café do mundo, de aplicar tarifas de 50% sobre as importações do Brasil, elevou ainda mais os preços, com torrefadores americanos buscando os estoques disponíveis no país.
Os preços das matérias-primas constituem aproximadamente 40% do custo de atacado de um saco de café torrado e moído, o que implica que torrefadores globalmente estão sob pressão para elevar os preços.
A 3corações já havia elevado os preços dos grãos torrados e modos em 14,3% em 1º de março, tendo anteriormente aumentado os preços em 11% em janeiro e 10% em dezembro. A Melitta aumentou os preços em 25% em dezembro.
A Associação do Setor da Cafeicultura (Abic) comunicou uma leve queda nos preços do café no varejo brasileiro em agosto, seguindo a redução dos preços futuros em comparação com os níveis recorde atingidos no início do ano.
Contudo, a Abic também projetou à Reuters que a tendência seria revertida com a retomada da alta no preço do grão verde. Isso está acontecendo agora.
Padarias em todo o mundo estão começando a ceder diante da pressão do aumento de custos, já que consumidores com dificuldades financeiras estão buscando descontos ou preferindo marcas de supermercado.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.












