Médicos cubanos comprovam urgência do Mais Médicos em periferias
Médicos permanecem em atenção primária por média de 9 meses devido ao Programa Mais Médicos, gerando desafios no acesso à saúde.
Defesa do Mais Médicos: Uma Live de Periferias Revela Desafios e Soluções
Em 17 de setembro, o Fórum Social das Periferias de Porto Alegre promoveu uma importante live, destacando a defesa do Programa Mais Médicos (PMM). A iniciativa, impulsionada pelos ataques do presidente dos EUA, Donald Trump, à política pública, reuniu especialistas como Felipe Proenço, Secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, e Eduardo Ojeda Timoneda, Chefe do Departamento de Cooperação Médica do Ministério de Saúde Pública de Cuba.
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Desafios na Implementação
O Brasil, com um governo que se mantém firme em suas políticas, busca fortalecer o PMM, reconhecendo que os cidadãos que usufruem dos serviços são os melhores avaliadores. Dados apresentados por Proenço revelaram que a média de permanência de um médico no programa é de apenas 9 meses. Essa curta duração levanta questões sobre a efetividade da medicina de família, que exige um compromisso de longo prazo para estabelecer uma relação de confiança com os pacientes e promover a prevenção de doenças.
Medicina de Família e Parcerias
A medicina de família, com seus pilares fundamentais, necessita de profissionais que permaneçam em comunidades por anos, estabelecendo uma relação de confiança e oferecendo cuidados contínuos e personalizados. O pesquisador Carlos Eduardo Aguilera Campos da UFRJ, ressalta que “O Médico de Família presta cuidados primários, personalizados e continuados, a indivíduos, famílias e a uma determinada população, independente de idade, sexo ou afecção”. A parceria entre Brasil e Cuba, mediada pela OPAS, foi um exemplo de sucesso, com médicos cubanos atuando em regiões distantes, proporcionando atendimento digno a milhões de brasileiros.
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Soluções para o Desafio
A curta permanência dos médicos no PMM é um problema que exige medidas urgentes. Uma solução possível é a implementação de normas que obriguem a permanência mínima de anos, evitando a rotatividade na atenção primária. Essa medida, aliada à possibilidade de contratação de médicos de outras nacionalidades, como os cubanos, pode garantir a continuidade dos cuidados e fortalecer o SUS, em contraposição à lógica da privatização.
Fortalecendo o SUS
Uma atenção primária com forte atuação da medicina de família é essencial para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Medidas governamentais que tenham bons desempenhos, como a parceria com a ilha caribenha, precisam ser mantidas e fortalecidas. A defesa do PMM e a valorização de políticas públicas como essa são cruciais para garantir a saúde pública de qualidade e para combater a privatização do setor.
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Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.












