Medicamentos para dor prejudicam a base da cadeia alimentar marinha, aponta estudo
Os analgésicos, como diclofenaco, ibuprofeno e paracetamol, diminuem a biodiversidade do fitoplâncton, modificando a dinâmica das espécies.

O fitoplâncton, algas microscópicas que constituem a base da cadeia alimentar aquática, enfrenta ameaças devido à presença de analgésicos na água, conforme um estudo do Instituto de Biociências da USP em colaboração com a Universidade Ahmadu Bello, na Nigéria. A pesquisa, que analisou o impacto combinado de diclofenaco, ibuprofeno e paracetamol na estrutura do fitoplâncton, identificou uma redução na biodiversidade de comunidades expostas a estresse causado por medicamentos.
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O estudo aponta que esses fármacos influenciam a fisiologia e a dinâmica populacional do fitoplâncton, mesmo em baixas concentrações. Também foram identificadas chances de extinção local em espécies de menor capacidade adaptativa, como o gênero *Actinastrum*.
A descoberta levanta preocupações sobre o bem-estar da vida marinha, que depende desses organismos para a transferência de nutrientes entre os diversos níveis tróficos.
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O professor associado do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências e um dos autores do estudo, Mathias Ahii Chia, afirma que os resultados são relevantes para a vida na Terra, considerando que o fitoplâncton é responsável pela produção de metade do oxigênio do planeta e pela absorção de carbono da atmosfera.
Sem eles, a existência humana estaria ameaçada. “Sem esses organismos, não há produção primária, não existem ecossistemas e não tem oxigênio suficiente para respirar”, disse Chia.
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Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.