Médica é encontrada morta em regime de prisão, após ser investigada por possível encomenda de homicídio do marido
A médica foi encontrada morta duas horas após retornar à prisão, com o apoio de Gilmar Mendes e posteriormente realocada para o presídio.

A médica Daniele Barreto, apontada como mandante do assassinato do marido, foi encontrada morta na tarde de terça-feira, 9, após retornar ao Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro (SE), na região metropolitana de Aracaju. A informação foi confirmada à reportagem pela Secretaria Estadual de Justiça.
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Daniele encontrava-se sob regime de prisão domiciliar desde maio, determinada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Em agosto, contudo, o magistrado revogou a concessão do benefício. Em seguida, a mulher iniciou um tratamento psiquiátrico em um hospital particular da capital sergipana.
Na terça-feira seguinte, a ré passou por audiência de custódia e retornou à unidade prisional. A defesa afirmava ter formalizado um pedido para permanecer detida em casa, em razão do risco de “autoextermínio” decorrente de seu estado mental, mas a solicitação foi rejeitada. Duas horas depois, quando seu advogado esteve no presídio para atendê-la, Daniele foi encontrada sem vida.
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As equipes da unidade tentaram reanimá-la, sem sucesso. O SAMU foi acionado e constatou o óbito. Segundo a Sejuc, o corpo será encaminhado à perícia. “A direção do Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro instaurou procedimento administrativo para apurar o caso. Paralelamente, a Polícia Civil ficará responsável pela investigação”, destacou a pasta, em nota.
Daniele, auxiliada por duas amigas, arquitetou e contratou o assassinato do marido, o advogado criminalista José Lael Rodrigues. Anteriormente ao crime, ocorrido em Aracaju no final de outubro, ela instruiu o esposo a adquirir um café em um estabelecimento de lanches e transmitiu sua localização a indivíduos contratados para a execução.
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A motivação do crime envolvia um relacionamento extraconjugal e um processo de separação com disputa pela divisão do patrimônio. “Eles tinham 10 milhões de reais depositados na conta do filho mais novo e nenhum dos dois queria assumir a situação da divisão que seria necessária em decorrência do processo de separação”, declarou a delegada Juliana Alcoforado, responsável pelo caso, em coletiva de imprensa, em novembro passado.
Diz-se que, inicialmente, os investigadores consideraram que o crime poderia estar relacionado à clientela do advogado, que supostamente tinha vínculos com o crime organizado, porém essa hipótese foi desconsiderada. Daniele e José Lael estavam juntos há mais de dez anos e possuíam um filho. Nas redes sociais, compartilhavam mensagens de afeto sobre viagens.
Imagens policiais revelam que, nas horas que antecederam o ataque, Daniele e suas duas amigas dialogaram com os envolvidos em um automóvel e foram conduzidas até o edifício de uma delas. Ao saírem para receber um pedido de entrega, José Lael e seu filho notaram um veículo branco e uma motocicleta acompanhando-os.
A polícia suspeita que as duas amigas da médica — cujos nomes não foram revelados — estavam no carro dando cobertura aos criminosos. Ao retornar para casa, o carro do advogado foi atingido por disparos, e seu filho, que dirigia o automóvel, conseguiu levar o pai até um hospital particular, porém ele já estava falecido.
Daniele Barreto também exercia a função de influenciadora digital. A médica possuía mais de 145 mil seguidores no Instagram e frequentemente era vista em produções da mídia sergipana. Seu consultório está localizado em Aracaju, porém, ela também atuava no ramo estético em Bahia e no Rio de Janeiro.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.