MDB apresenta agenda de centro e responsabilidade fiscal para 2026 como contrapeso à polarização
Partido apresenta novas diretrizes para as eleições do próximo ano, posicionando-se como um “contrapeso” ao desgaste da polarização.
MDB Lança Diretrizes para 2026 com Proposta Moderadora
Em um movimento que busca atuar como um “contrapeso” nas eleições de 2026, o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) apresentou, nesta quarta-feira (22), as diretrizes que orientarão suas ações no próximo ano. O documento faz parte do projeto “O Brasil Precisa Pensar o Brasil”, desenvolvido pela Fundação Ulysses Guimarães.
O texto delineia os novos caminhos do partido, que pretende se posicionar no “centro democrático” em um “momento conturbado e polarizado” do país. O MDB destaca que sua busca por moderação serve como um “contrapeso ao desgaste gerado pela intensificação de posicionamentos políticos radicais”, provenientes tanto da “extrema direita” quanto da “extrema esquerda”.
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Principais Propostas do MDB
Além de se afirmar como uma alternativa equilibrada para as eleições, o documento também elenca as principais propostas do partido, que servirão como base para suas promessas de campanha. As propostas estão organizadas em três eixos:
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- Consolidação da democracia;
- Retomada do desenvolvimento;
- Redução das desigualdades.
A questão do equilíbrio fiscal é abordada em vários trechos do texto, que ressalta o “crescimento econômico lento” do Brasil e a relação preocupante entre dívida e PIB (Produto Interno Bruto). O MDB defende a contenção de gastos públicos e o equilíbrio fiscal, propondo novos modelos de gestão orçamentária.
Entre as sugestões, estão a adoção de matrizes temáticas obrigatórias no Orçamento e no Plano Plurianual. O partido também menciona a necessidade de acelerar a implementação das regras da Reforma Tributária, relatada por Eduardo Braga (MDB) no Senado, além de ampliar o acesso ao crédito.
Na agenda de política externa, o MDB propõe um aprimoramento contínuo dos acordos comerciais do Brasil com a China, priorizando os países da Ásia para a expansão dos mercados brasileiros. Embora não apresente compromissos específicos com metas climáticas, o texto menciona a vantagem competitiva do Brasil em relação a fontes de energia limpa, como biocombustíveis e hidrogênio verde.
O documento afirma que “a emergência climática é uma realidade inegável que exige respostas sistêmicas”, envolvendo regulação e transição energética. Além disso, defende a exploração das chamadas terras raras no Brasil, sob a justificativa do uso de energias renováveis.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.