MBL solicita a remoção de conteúdos de plataformas por declarações que incitam a prática de crimes

A cobertura protocolada na terça-feira (3.jun) foca em músicas de MC Poze do Rodo e Oruam. Leia no Poder360.

03/06/2025 20:55

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MBL solicita a remoção de conteúdos de plataformas por declarações que incitam a prática de crimes

Membros do MBL apresentaram, na terça-feira (3.jun.2025), uma representação ao MPF (Ministério Público Federal) solicitando a remoção de músicas que incitam a apologia ao crime organizado. A ação visa conteúdos disponíveis em plataformas como Spotify, YouTube e Deezer, incluindo faixas de MC Poze do Rodo e Oruam.

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O documento é assinado pelo deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), pelo deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) e pela vereadora de São Paulo Amanda Vettorazzo (União Brasil). Eles argumentam que a veiculação dessas músicas contribui para a normalização da violência e fortalece o poder simbólico de organizações criminosas.

Se o MPF atender ao pedido, as plataformas de streaming poderão ser notificadas judicialmente para retirar os conteúdos considerados ilegais.

Os membros do MBL utilizam a música “Fala que a Tropa é CV”, de MC Poze do Rodo, cuja remoção do Spotify ocorreu devido à referência ao CV (Comando Vermelho), como ilustração. Além disso, mencionam trechos de outras canções, incluindo “Desde menor sou Comando, nós é relíquia” e “Nós tem Glock, tem AK, 62 com mira laser / Terror dos alemão, é os moleque da 13”.

Kataguiri declarou em sua conta oficial no X (antigo Twitter) que “apóstatas do bem não podem integrar a rotina dos cidadãos honestos”.

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Se não eliminarmos de uma vez por todas a cultura do crime – que, disfarçada de arte, se infiltrou em nossa sociedade –, jamais teremos sucesso em erradicar o crime organizado.

“É preciso interromper a normalização da cultura das drogas. O brasileiro não tolera mais a associação com o crime”, afirmou Amanda Vettorazzo.

MC Poze do Rodo, um dos artistas mencionados na representação, foi preso na quinta-feira (29.mai) por agentes da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) da Polícia Civil do Rio.

É investigado por “clara apologia ao tráfico e ao uso de armas”, envolvimento no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro ligado ao Comando Vermelho. A Justiça revogou sua prisão temporária na segunda-feira (2.jun).

Fonte por: Poder 360

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.