Matrículas em ensino médio integral sobem 300% em uma década, destaque para Nordeste

Nordeste lidera com maioria de estados que adotam novo modelo pedagógico

23/09/2025 18:43

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(Imagem de reprodução da internet).

Expansão do Ensino Médio Integral Quadruplica em 10 Anos

Um estudo da ONG Todos Pela Educação revela um crescimento expressivo no ensino integral nas redes estaduais brasileiras. Entre 2016 e 2024, o número de matrículas em modalidades de ensino integral mais que triplicou, alcançando 1,3 milhão de estudantes, segundo dados do MEC, Inep e Deed.

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O estudo também destaca um aumento significativo no número de escolas que oferecem o modelo, passando de 1.600 para mais de 7.000 unidades, com mais de 5.400 novas escolas.

Distribuição Regional do Ensino Integral

A região Nordeste se destaca como a que mais adota o ensino integral, com estados como Pernambuco, Piauí, Ceará e Paraíba ultrapassando 50% das matrículas em tempo integral, enquanto a média nacional é de 22%.

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Em contraste, estados como Roraima, Santa Catarina e o Distrito Federal apresentam uma cobertura aquém da média nacional, com menos de 5% das matrículas em tempo integral.

Impacto e Perspectivas

O diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa, ressalta a importância do ensino integral para combater a evasão escolar. “O Ensino Médio ainda enfrenta desafios de aprendizagem e permanência, e o modelo integral é uma alavanca comprovada para enfrentar esse cenário. Evidências mostram que o modelo reduz a evasão, melhora a aprendizagem e amplia o acesso ao Ensino Superior”, afirma.

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Corrêa destaca o compromisso político e planejamento contínuo como elementos cruciais para a expansão do ensino integral, citando estados como Bahia, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que alcançaram patamares elevados recentemente.

Além disso, Piauí, Ceará e Paraíba, que se destacam na cobertura de matrículas, também são redes com maior expansão de escolas no período analisado.

Corrêa celebra o crescimento do ensino integral, destacando seus impactos positivos na educação, economia e sociais, especialmente para jovens em situação de vulnerabilidade. A expansão nacional, ele acredita, é resultado da união de priorização, planejamento e continuidade, indicando que o Brasil precisa consolidar e ampliar o modelo, enfrentando as desigualdades regionais.

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.