Marmitas lideram poluição por microplástico nas praias do Rio de Janeiro

Pesquisa da UFRJ aponta presença de microplásticos nos oceanos: 70% dos itens são feitos de isopor.

03/10/2025 3:41

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(Imagem de reprodução da internet).

Microplásticos em Praias do Rio de Janeiro: Uma Surpresa Reveladora

Uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicada nos Anais da Academia Brasileira de Ciências, aponta para uma preocupante fonte de poluição: os resíduos plásticos de “marmitas” são os principais responsáveis pela contaminação por microplástico nas praias do Rio de Janeiro.

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A investigação, conduzida na Praia Vermelha, um famoso cartão-postal carioca, revelou a presença de 32 itens microplásticos. Destes, 70% eram compostos por poliestireno expandido, popularmente conhecido como isopor, material amplamente utilizado em embalagens descartáveis de alimentos.

Análise Detalhada das Amostras

Os diâmetros médios das amostras identificadas variavam entre 2,1 e 4 milímetros, apresentando formatos diversos, como espuma, filamentos e pequenos grânulos. A pesquisa destaca a necessidade de monitoramento contínuo das praias cariocas devido à crescente presença de microplásticos.

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Desafios na Reciclagem do Isopor

A equipe de pesquisa da UFRJ, liderada por Marina Sacramento, ressalta que, apesar da reciclável natureza do isopor, seu reaproveitamento enfrenta obstáculos como o descarte inadequado e o baixo valor de mercado, o que dificulta os ganhos financeiros para catadores e cooperativas.

Protocolo Padronizado para Análise

A pesquisa estabeleceu um protocolo padronizado para a coleta, tratamento e caracterização de microplásticos em areias de praias costeiras. A metodologia envolveu amostragem sistemática na linha de maré alta, flotação e tratamento laboratorial com microscopia óptica e Espectroscopia de infravermelho.

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Adaptações do Protocolo às Condições Brasileiras

“Procuramos adaptar o protocolo às condições brasileiras, considerando fatores específicos como clima, velocidade do vento e marés, além de aspectos relacionados à latitude e longitude dos locais de coleta”, explica Marina Sacramento, pesquisadora da UFRJ e uma das autoras do artigo.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.