Marius Borg Høiby, o filho mais velho da princesa da Noruega, foi acusado de quatro estupros

`

Marius Borg Højby, o filho mais velho da princesa Mette-Marit da Noruega, enfrenta acusações de quatro supostos estupros e pode ser condenado a até 10 anos de prisão, conforme anunciado pela Procuradoria-Geral nesta segunda-feira 18, em continuidade a este caso que tem afetado a família real há mais de um ano.

Marius Borg Højby é acusado de 32 crimes. Além dos quatro estupros, ele foi acusado de maus-tratos a pessoas próximas e de gravar imagens sem consentimento, conforme explicou o procurador-geral da Noruega, Sturla Henriksbø, em coletiva de imprensa.

Leia também:

Deputado finlandês de 30 anos falece no Parlamento

Chuvas de monções no Paquistão causam quase 400 mortes em cinco dias

O governo israelense não comentou a recente proposta de cessar-fogo em Gaza

A sentença penal máxima prevista para os delitos descritos na denúncia é de até dez anos de reclusão.

São atos graves que podem causar sequelas permanentes e prejudicar a vida das pessoas, ressaltou o procurador.

Ele alega que Højby teria agredido sexualmente quatro mulheres durante o sono, e que as agressões foram gravadas.

Ele também é acusado de agressões físicas e morais contra sua ex-companheira, Nora Haukland, a única identificada pela Procuradoria, no período entre o verão de 2022 e o outono de 2023.

Adicionou Henriksbø: “Em diversas ocasiões, ele teria batido a porta em seu rosto, atingido a cabeça dela contra a parede e empurrado-a contra a geladeira”.

Transtornos mentais e dependência em drogas.

Marius Borg Højby, nascido de um relacionamento anterior à união de sua mãe, Mette Marit, com o príncipe herdeiro Haakon, foi preso em 4 de agosto de 2024 sob suspeita de violência contra sua parceira.

Após dez dias de detenção, ele declarou ter agido “sob efeito de álcool e cocaína após uma discussão”, apresentar “transtornos mentais” e combateria “há muito tempo contra o vício” da droga.

Esses fatos provocaram uma sequência de outras revelações e denúncias de 16 vítimas, afirmou o procurador-geral.

Højby permaneceu detido por uma semana em novembro, uma situação inédita na família real.

Henriksbø insistiu que o fato de Marius Borg Høiby pertencer à família real não deveria implicar tratamento diferenciado, seja mais indulgente ou severo, em relação a atos semelhantes cometidos por outros indivíduos.

Os quatro estupros pelos quais Borg Højby é acusado ocorreram em 2018, 2023 e 2024, sendo o mais recente após o início da investigação policial.

Retrato de monarca

O homem loiro, alto, com tatuagens, anéis e brincos, nasceu em 13 de janeiro de 1997, resultado de um relacionamento passageiro entre Mette-Marit, que viera de um contexto marcado pelo álcool e pelas drogas, e Morten Borg, que havia sido condenado por violência e crimes relacionados a substâncias ilícitas.

Às quatro anos de idade, tornou-se conhecido após o casamento de sua mãe com o herdeiro da coroa, o príncipe Haakon, que também teve outros dois filhos, a princesa Ingrid Alexandra, de 21 anos, e o príncipe Sverre Magnus, de 19.

Höiby, que, segundo a imprensa norueguesa, passou uma semana no ano anterior em um centro de desintoxicação em Londres, já havia sido detido em 2017 por consumir cocaína em um festival de música. Ele foi condenado a pagar uma multa.

Esses escândalos prejudicaram a reputação da monarquia, ainda que a instituição permaneça bastante amada, sobretudo o rei Harald e o príncipe herdeiro Haakon.

O palácio não emitiu declarações após o anúncio.

A questão será analisada e decidida pelos tribunais, afirmou a porta-voz Sara Svanemyr em comunicado à AFP.

De acordo com uma pesquisa divulgada em dezembro pela emissora pública NRK, 45% dos entrevistados relataram que sua percepção em relação à família real havia se enfraquecido no período anterior.

Segundo a Procuradoria, o julgamento poderá acontecer em janeiro de 2026.

Fonte por: Carta Capital