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Mario Pirata encantou-se

O poeta que transformava o riso em poesia e a infância, em cenário, hoje irradia entre as estrelas.

Por: Marcos Oliveira

21/07/2025 10:33

5 min de leitura

Mario Pirata encantou-se
(Imagem de reprodução da internet).

Tenho uma grande dificuldade em comentar a morte de um poeta. Neste mundo atual, a vida já é tão difícil que deveria existir uma lei ou decreto que proibisse solenemente os poetas de morrer. Contudo, infelizmente não é tão simples. E nesta noite perdemos Mario Pirata.

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Vamos inserir um parêntese, já que Mario não faleceu, mas se encantou. Partiu para lá, poetando naquele lugar para onde vão as crianças, os bichos e toda gente de boa vontade. Não sei ao certo como é, mas sei que há cores, brinquedos, instrumentos musicais, fantasias, palco, rodeio… Porque na vida Mario transformava qualquer lugar em palco e qualquer instante em verso, não poderia ser diferente agora, nesse céu de encantamentos.

Mario Augusto Franco de Oliveira, popularmente conhecido como Mario Pirata, exercia as funções de poeta, professor, educador artístico, teatrólogo e contador de histórias. “A brincadeira é coisa séria”, afirmou em certa ocasião, com sua notável habilidade para criar frases impactantes e divertidas. “Mas não se preocupe, não tem problema, eu trabalho com poemas”, complementou, com expressões faciais marcantes, um sorriso singular e um “pãh” no inseparável pandeiro. Frequentemente dizia que nenhuma feira de livros seria completa se não contasse com o Mario interagindo com as crianças, tanto as presentes quanto aquelas que residem em nosso interior.

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Nas referências compartilhadas sobre as primeiras palavras publicadas, sempre indicava que não foram em livros impressos e bem ilustrados, mas nas sazonáveis folhas mimeografadas e compartilhadas ainda cheirando a álcool e tinta de matriz. Desde lá, trazia consigo um quarteleiro de anarquista, apreciava provocar a austeridade das coisas sisudas. A brincadeira era, sim, um ato de resistência contra tudo e todos que faziam do mundo essa coisa estranha que ali estava.

Suas obras permanecem, publicadas em mais de uma dezena de livros. As palavras trocadas nos encontros de feiras e saraus. As entrevistas em que não se importava em responder perguntas, preferindo provocações. “Hoje, o que sei de poesia, estou aprendendo com as crianças”, declarou ao Universia. “Elas possuem uma capacidade de brincar, uma disponibilidade para inventar coisas muito forte e isso é muito importante para a poesia. Procuro observar e absorver”, complementou.

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Suas principais publicações incluem: Um pé de vento chamado Huá (1981); Calcinha rosa na cadeira de balanço (1988); As minhocas também amam e mamam (1989); Cambalhota (1992); Os dois amigos (1996); Bicho-poesia (1997); O fazedor de balões (2001); A magia do brincadeiro (2002); A volta do bicho-poesia (2003); Poemeninos (2009); Versos para namorar 1, 2, 3 (2011); Asaladeauladapoesia (2011); Poemas de amor adolescente – Antologia (2011); e Ventonaveia (2014).

Em sua publicação mais recente, Ciomacio, reúne uma coletânea de tankas, haicais, haikus, pequenos versos e inventorias. “Para quem já foi holofote, ando meio toco de vela, mas ainda volto a ser fogueira”, escreve num trecho do livro, disponível no site da editora Libretos.

Filosofia, arte, poesia e riso.

Mario estudou Filosofia na PUCRS e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Realizou cursos de dança, teatro, música, psicomotricidade e recreação terapêutica. Desenvolveu-se entre o universo da poesia como literatura e a atuação como educador artístico e animador de eventos. Na década de 1970 também trabalhou com teatro, participando do grupo de vanguarda “Ôi Nós Aqui Traveiz”. Ainda escreveu peças para os grupos de teatro de bonecos Caixa do Elefante de Porto Alegre e Entre Linhas de Novo Hamburgo. Criou e apresentou espetáculos em parceria com o músico Marcelo Fornazier, a atriz e diretora Deborah Finocchiaro, e a compositora e cantora Karine Cunha.

O trabalho do artista era voltado primordialmente para crianças e jovens, combinando literatura, declamação, contação de histórias, canto e brincadeira, com apresentações em teatros, feiras, saraus, instituições governamentais, escolas, ruas e espaços culturais variados. Também se apresentava como recitador de poesia e cantor para o público adulto. “Artista sublime na arte da intervenção poética. Domina ritmo, ludibria lindamente com sorrisos e olhares, pandeiros e cantares próprios de quem se sente à vontade no palco”, definiu o pesquisador Richard Klipp.

Lembro-me das palavras de Mario em uma publicação em seu perfil no Facebook, em abril passado, quando solicitava que as enfermidades que o afetavam fossem transferidas de outras regiões do corpo para o coração, pois nele acreditava ter a força de luta. Nesse breve texto, deixou uma despedida prematura: “Sei que possuo a medida adequada que mereço, não me arrependo de nada, obtive muitas coisas positivas da vida, tive as chances justas para o meu tamanho, para a energia que tenho”.

Agradeço, Mario Pirata, por sua brincadeira que mostrava que a palavra também é brinquedo. E que brincadeira, também é instrumento de evolução e revolução. Siga seu caminho, agora entre os encantados, e nós continuamos aqui, olhando para o céu e imaginando qual das estrelas lá em cima é a sua. Opa, encontrei! É aquela ali, saracoteando lindamente! Não procure o poeta na constelação, ele virou estrela cadente.

Uma publicação compartilhada por Mario Pirata (@mariopiratabrincadeiro)

Jornalista do Brasil de Fato RS e do Movimento dos Pequenos Agricultores e Agricultoras (MPA)

Este é um artigo de opinião e não necessariamente reflete a linha editorial do Brasil de Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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Foto do Marcos Oliveira

Autor(a):

Marcos Oliveira

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.

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