Marinho afirma que a taxa Selic em dois dígitos até 2026 é “cortar os pulsos”
Um ministro criticou a estimativa do mercado financeiro de que a taxa básica de juros atingirá 12,5% ao ano ao final do governo Lula. Saiba mais no Pode…

Ministro do Trabalho critica projeção da Selic
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinheiro, criticou nesta segunda-feira (30 de junho de 2025) a projeção do mercado financeiro sobre a taxa básica de juros até o final do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com estimativas do Boletim Focus, a Selic deve terminar 2026 em 12,5% ao ano. A taxa básica, portanto, permanecerá em patamar de dois dígitos. Atualmente, está em 15% ao ano.
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“Até o término deste governo atual? Seria um ato de extrema violência se isso acontecesse […] Eu me recuso a acreditar nisso”, declarou o ministro em entrevista.
Marinheiro comentou os dados de emprego de maio, abordando o tema. O Brasil gerou 148.992 empregos com carteira assinada no mês anterior. O resultado indica um aumento de 6,76% em comparação com o mesmo mês de 2023.
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Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30 de junho) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Leia a íntegra (PDF – 1 MB) do relatório.
Luiz Marinho também afirmou esperar que haja “mais discernimento” no Banco Central, órgão responsável por definir a taxa Selic. Em tom crítico, declarou que aumentar os juros “não é inteligente” e “sacrifica” a sociedade.
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A ideia de que os juros afetam os preços não é totalmente precisa. A influência se dá mais pela época do ano, especialmente no caso de alimentos. Não são os juros que determinam o preço dos alimentos, mas sim a quantidade produzida na safra. Se a colheita for abundante, o preço tende a ser menor; se houver seca, o preço tende a subir, afirmou o ministro.
Marinheiro afirmou que a taxa básica de juros não deve ser o único fator a controlar a inflação e defendeu um acordo para impulsionar a produção.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.