O ministro fez um pronunciamento no Dia Mundial do Meio Ambiente, criticando um projeto do Congresso e defendendo sua liderança na COP30.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que as alterações na Lei de Licenciamento Ambiental representam um “golpe mortal” na legislação, em pronunciamento nacional de 4 minutos em referência ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
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Não se pode admitir que, em razão da aceleração das licenças ambientais, haja um ataque fatal à nossa legislação, sobretudo quando o desequilíbrio ecológico, que está impulsionando as mudanças climáticas, nos impõe maior responsabilidade.
Acompanhe o discurso da ministra:
A proposta visa à Lei Geral do Licenciamento Ambiental, em discussão na Câmara dos Deputados. O texto foi modificado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A data para a análise do projeto pelos parlamentares ainda não foi estabelecida.
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A ministra declarou que o Brasil detém “uma das legislações ambientais mais abrangentes e bem conceituadas globalmente”. Ela complementou que é viável aprimorar as políticas “sem comprometer um trabalho de décadas”.
Marina afirmou que, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), houve uma diminuição de 50% do desmatamento na Amazônia e de 32% em todo o território nacional. Ela ressaltou também a implementação do Plano Clima Participativo.
A ministra também abordou a COP30 . Segundo Marina, o Brasil tem possibilidades de liderar o debate ambiental com base na ciência e nos conhecimentos ancestrais dos povos indígenas e comunidades tradicionais.
Após o senador Plínio Valério (PSDB-AM) declarar que ela “não merecia respeito”, a ministra se retirou de uma sessão no Senado na terça-feira (27.mai.2025). Ela estava sendo chamada para discutir as áreas de conservação na Margem Equatorial.
Marina foi convidada a comparecer a uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, por solicitação do senador Lucas Barreto (PSD-AP). O ambiente estava tenso desde a aprovação do licenciamento ambiental na semana anterior.
A proposta fragiliza a legislação vigente, contraria a Constituição e acarreta riscos à segurança socioambiental do país.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.