Marina aponta insuficiência nas metas climáticas e pede reforma urgente no financiamento global

Marina Silva Critica Implementação de Soluções para Crise Climática

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez críticas nesta terça-feira (14) à execução das soluções para enfrentar a crise climática. Segundo ela, as metas têm sido implementadas de maneira “fragmentada” e “insuficiente”.

“Houve progresso em compromissos e planejamento, mas a implementação continua fragmentada e insuficiente. Faltam meios para transformar planos de adaptação em resultados concretos para as pessoas, regiões e territórios”, declarou a ministra durante a abertura da sessão ministerial sobre clima e desenvolvimento na Pré-COP, que é uma reunião preparatória para a COP30.

Desafios e Vontade Política

Marina destacou que, ao elaborar o Balanço Ético Global, ficou “evidente” que o problema das mudanças climáticas não é a falta de soluções, mas sim a distância entre o conhecimento disponível e a “vontade política” para implementá-las.

Leia também:

Fachin estreia no CNJ e pede ao Congresso lei sobre desaparecimento forçado

Antonio Denarium tem desaprovação de 46% em RR; aprovação é de 45%, aponta pesquisa recente

CPMI do INSS avaliará convocação de Frei Chico, irmão de Lula, na próxima quinta-feira

A ministra também enfatizou que o enfrentamento da emergência climática deve ser encarado como uma questão de “natureza ética”. Ela observou que os países em desenvolvimento e de baixa renda são os mais impactados pelas mudanças climáticas, apesar de não serem os principais responsáveis pelo problema, uma vez que os maiores emissores de gases de efeito estufa são os países desenvolvidos.

Urgência na Reformulação do Financiamento Climático

Com base no diagnóstico realizado durante o encontro, Marina classificou como “urgente” a necessidade de reformular o sistema global de financiamento climático. Isso é fundamental para que os planos dos países mais vulneráveis avancem nas discussões.

Para isso, a ministra sugeriu a simplificação do acesso aos recursos e um ordenamento justo dos financiamentos públicos e privados, priorizando os investimentos voltados às populações em maior risco.