Maresca rejeita recurso de Carla Zambelli contra a execução da condenação

O ministro mantém a determinação de pena de prisão à deputada, que se encontra foragida na Itália e tem que se render às autoridades.

13/06/2025 19:13

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Dep. Carla Zambelli participa do Poder Reage com Gabriel Buss, no estúdio do Poder360. | Sérgio Lima/Poder360 07.jul.2022
Dep. Carla Zambelli participa do Poder Reage com Gabriel Buss, n...

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, rejeitou nesta sexta-feira (13.jun.2025) o recurso da DPU contra a execução imediata da condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do CNJ, ocorrida em 2023.

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A DPU questionava uma decisão da 1ª Turma da Corte, que rejeitou o último recurso de Zambelli contra a condenação. De acordo com o órgão, ainda existiam outros recursos pendentes de avaliação. Ao analisar o caso, Moraes manteve a decisão do colegiado que condenou a deputada.

Não se encontra a contradição mencionada, uma vez que, conforme restou expresso no voto proferido, a embargante Carla Zambelli, assim como Walter Delgatti, buscou apenas demonstrar inconformismo com a decisão tomada pela turma julgadora.

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O hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti, também foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo. De acordo com as investigações, a invasão eletrônica foi executada por Delgatti a mando de Zambelli.

Na quarta-feira (11/junho), Moraes encaminhou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública o pedido de extradição da deputada. A solicitação será feita pelo Executivo federal ao governo italiano.

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CASO CARLA ZAMBELLI

Em 14 de maio, o STF condenou Zambelli, por unanimidade, a 10 anos de prisão, acrescida da perda do mandato, em razão de falsidade ideológica.

Ela e o hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, buscaram invadir o sistema do CNJ para expedir um mandado de prisão para o ministro Alexandre de Moraes, como se ele tivesse ordenado sua própria detenção.

Investigações revelaram que a invasão foi conduzida por Delgatti, que admitiu ter atuado sob as ordens da deputada. O hacker recebeu uma pena de 8 anos e 3 meses de reclusão.

Zambelli afirmou ter deixado o Brasil em 3 de junho. Primeiramente, ela se dirigiu aos Estados Unidos. No dia seguinte, Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva e a suspensão das redes sociais de Zambelli.

A congressista teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol em 5 de junho, sob solicitação de Moraes. ela figura como foragida internacional e pode ser presa em outros países.

Em 6 de junho, a deputada declarou à CNN Brasil que pretende se entregar voluntariamente às autoridades italianas. No mesmo dia, a 1ª Turma do STF rejeitou, por unanimidade, o recurso da congressista contra a condenação.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte por: Poder 360

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.