Não existe, na visão do ministro do STF, nenhum elemento novo que modifique os alicerces da decisão.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, manteve a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti, condenado a oito anos e três meses de reclusão no caso de invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça.
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Refere-se ao mesmo processo que levou à condenação da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão. A bolsonarista, contudo, fugiu para a Itália, é considerada foragida e está na lista vermelha da Interpol.
Segundo Moraes, as condutas que resultaram na condenação de Delgatti são gravíssimas e atingem os bens jurídicos protegidos. Não há, acrescentou o ministro, qualquer elemento novo a modificar os fundamentos da prisão preventiva.
Zambelli e Delgatti ainda deverão pagar uma indenização de 2 milhões de reais referentes a danos materiais e morais coletivos. Ambos permanecem inelegíveis.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, o hacker comprometeu mecanismos de segurança e invadiu sistemas informáticos do CNJ, atuando sob a direção de Zambelli.
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Entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, a acusação afirma que ele alterou informações em documentos, incluindo certidões, mandados de prisão, alvarás de soltura e quebras de sigilo bancário, visando prejudicar a administração do Judiciário e a credibilidade das instituições, além de assegurar vantagens políticas a Zambelli. Um dos documentos falsificados era um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.