Marco Aurélio Mello considera impensável a reação de Trump à condenação de Bolsonaro

A declaração sobre as novas medidas veio de Marco Rubio. “Decisão judicial será contestada”, afirmou o ministro aposentado.

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, manifestou críticas ao anúncio do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, acerca de novas sanções em resposta ao julgamento que considerou crime a tentativa de golpe por parte de Jair Bolsonaro (PL).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Rubio afirmou em entrevista à Fox News que o Estado de Direito “está em colapso” e que um juiz – em referência ao ministro Alexandre de Moraes – perseguiu o ex-presidente. “Haverá uma resposta dos EUA a isso. Teremos alguns anúncios na próxima semana ou algo assim sobre as medidas adicionais que pretendemos tomar.”

“Tempos estranhos”, resumiu Mello em contato com CartaCapital. “Decisão judicial impugna-se. É impensável retaliação estrangeira considerado ato do Poder Judiciário brasileiro.”

LEIA TAMBÉM!

Rubio acusou Moraes de tentar impor “ações extraterritoriais” contra cidadãos americanos, em referência às decisões do magistrado que afetaram grandes empresas de tecnologia sediadas nos Estados Unidos e alguns de seus usuários.

Os Estados Unidos implementaram uma taxa adicional de 50% sobre a importação de vários produtos brasileiros, revogaram vistos de membros de autoridades e impuseram sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Marco Aurélio Mello tem se mostrado crítico em relação à forma como Moraes conduz os processos no STF, notadamente no caso da trama golpista. Ele declarou que para compreender os fundamentos das decisões do ministro, seria necessário “colocá-lo em um divã”.

Alexandre de Moraes justificou o cálculo da pena de 27 anos e três meses de prisão para Bolsonaro, afirmando que o ex-capitão “agiu para instrumentalizar o aparato estatal com o intuito de provocar a instabilidade social e se manter no poder”. Destacou que os crimes visavam “aniquilar as bases do Estado Democrático de Direito”.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.

Sair da versão mobile