O coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-colaborador de Jair Bolsonaro (PL), declarou, na quinta-feira 24, ao Supremo Tribunal Federal, que não participou da organização do golpe de Estado após as eleições de 2022.
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Citado pela procuradoria-geral da república como um dos integrantes do “núcleo 2” da trama golpista, Câmara buscou reduzir sua participação e responsabilizou o tenente-coronel Mauro Cid por ações consideradas suspeitas pela Polícia Federal.
Durante o depoimento, Câmara confirmou que o codinome “professora” utilizado em conversas com Cid se referia ao ministro Alexandre de Moraes, mas alegou que a alcunha era resultado de uma brincadeira, sem qualquer intenção de ocultação ou ilicitude. Segundo ele, a expressão originou-se com Cid e foi adotada por hábito informal entre os militares.
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O ex-assessoresouhou de não ter participação em qualquer esquema de planejamento ligado ao denominado “Plano Punhal Verde Amarelo”, que, conforme a acusação da Procuradoria-Geral da República, previa ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Ao longo do depoimento, Câmara reiterou que nunca participou de reuniões ou ações voltadas à ruptura institucional e declarou ter se sentido “usado” por Mauro Cid. Disse que apenas cumpria ordens do então ajudante de ordens da Presidência e que não tinha conhecimento da real intenção por trás das solicitações que recebia.
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O núcleo 2 foi acusado de organizar ações para “sustentar a permanência ilegítima” de Jair Bolsonaro no poder, em 2022.
Fonte por: Carta Capital