Deputados e senadores ligados a Jair Bolsonaro (PL) protestaram contra a prisão domiciliar do ex-presidente, ocupando as presidências da Câmara e do Senado e declarando que permanecerão nos plenários até que suas reivindicações sejam consideradas.
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O grupo pressiona os presidentes das duas Casas, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), a incluírem em votação um conjunto de propostas que denominam “pacote da paz”. Entre os itens que compõem a pauta exigida estão o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, a anistia irrestrita aos golpistas do 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado para congressistas e outras autoridades.
A manifestação, iniciada durante a manhã, interrompeu a abertura das sessões ordinárias nas duas Casas. No Senado, ocorreu a sucessão na cadeira do presidente, que se encontra ausente de Brasília. Na Câmara, os deputados opositores aderiram a faixas e protestaram em silêncio, com fita adesiva sobre a boca, em referência ao que consideram ser “censura” por parte do Poder Judiciário.
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Após o STF destacar reiteradas descumprimentos das medidas cautelares, incluindo o emprego de redes sociais, Bolsonaro iniciou a prisão domiciliar. Ele não pode deixar sua residência, utilizar telefones, ser fotografado ou filmado, nem receber visitas sem a autorização da Corte.
Diante do impasse, integrantes do PL e de outros partidos aliados declararam que promoverão obstrução total das votações até que o pacote seja incluído na pauta. A tensão também se propagou pelos corredores das duas Casas, com trocas de acusações e ofensas entre parlamentares governistas e opositores.
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Fonte por: Carta Capital