O Papa Leão 14, em mensagem pública, denuncia a “barbarie da guerra” e solicita o encerramento imediato da violência.
No mínimo 73 indivíduos faleceram no domingo (20) ao procurar alimentos em diferentes áreas da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território palestino. Hospitais da região registram mais de 150 feridos, com alguns em estado crítico.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As autoridades de saúde informam que 67 pessoas faleceram ao tentar obter mercadorias que chegavam a Gaza, no norte da região. A agência Al Jazeera relata que testemunhas indicaram que soldados israelenses abriram fogo contra a população.
De acordo com dados oficiais palestinos, quase 90 mortes e 495 feridos foram registrados em Gaza neste domingo, em decorrência de diversos ataques ocorridos ao longo do fim de semana.
As autoridades locais estimam mais de 890 mortes de indivíduos que buscavam alimentos desde maio, a partir do início das operações da organização Gaza Humanitarian Foundation. A ONG, que atua no território com o apoio do governo israelense e dos Estados Unidos, é acusada de atrair palestinos para áreas de entrega de alimentos em Gaza, levando a suas mortes.
A militarização da assistência humanitária representa uma violação das normas internacionais de distribuição de ajuda. A instrumentalização da doação de alimentos para civis, além de restringir o acesso e violar direitos humanos, configura um crime de guerra.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), datado de 15 de julho, registrou no mínimo 674 mortes em áreas de busca de assistência humanitária desde que a organização começou a operar na região.
O conflito entre Israel e Gaza provocou, até o momento, a morte de pelo menos 58.895 indivíduos e causou mais de 140.980 ferimentos, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde do território palestino. A situação é agravada pela crescente fome.
Nas últimas horas, duas crianças palestinas, incluindo um bebê de 35 dias, faleceram por desnutrição no hospital Al-Shifa de Gaza City. Uma criança de quatro anos, Razan Abu Zaher, também faleceu devido a complicações de desnutrição e fome no Hospital Al-Aqsa Martyrs.
Em paralelo às operações militares, as forças israelenses divulgaram uma nova ordem de evacuação obrigatória para a população palestina na zona central de Gaza. Diversos panfletos foram lançados sobre Deir al-Balah, instruindo famílias desabrigadas que residem em acampamentos a partirem com urgência.
A mensagem aponta al-Mawasi, no Sul, como área segura. No entanto, a área tem sido consistentemente atacada, de acordo com a Al Jazeera. O representante militar israelense, Avichay Adraee, declarou que Israel está expandindo as atividades para locais onde não operava anteriormente.
Ele também alertou sobre uma ação iminente contra combatentes do Hamas. Deir al-Balah está localizada a 19 quilômetros ao sul da cidade de Gaza e tem sofrido ataques frequentes de Israel desde a Segunda Intifada de 2001.
A jornalista Hind Khoudary, em Gaza, relatou que a área atingida por Israel é densamente habitada e que seria “impossível” a população evacuar o local em tão curto espaço de tempo.
A ordem de evacuação interrompe o acesso entre Deir al-Balah e as cidades do Sul, Rafah e Khan Younis. Além disso, a área sujeita à ordem de evacuação é onde se encontram diversas organizações internacionais de distribuição de assistência.
O Papa fez um apelo urgente à comunidade internacional para que adote medidas eficazes no combate à pobreza e à desigualdade social, alertando para as graves consequências
O Papa Leão 14 fez um apelo urgente pela paz no Oriente Médio. Ao final da oração mariana do Angelus, o pontífice manifestou profunda tristeza pelo ataque do exército israelense contra a Paróquia Católica da Sagrada Família em Gaza.
O papa reiterou seu apelo para que a violência da guerra cesse imediatamente e se alcance uma solução pacífica do conflito. Ele solicitou que a comunidade internacional observe o direito humanitário e respeite a obrigação de proteger os civis.
O Papa 14 também destacou a proibição de punição coletiva, do uso indiscriminado da força e do deslocamento forçado da população. O Papa também expressou sentimento de impotência diante da situação e agradeceu à comunidade cristã de Gaza pelo testemunho de fé.
Fonte por: Brasil de Fato
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.