Mais de 610 palestinos morreram em pontos de ajuda em Gaza, diz ONU
Israel afirmou que mantém atividades próximas a áreas de apoio para garantir que os recursos não cheguem ao Hamas.

A agência da ONU de direitos humanos informou, na sexta-feira (4), que contabilizou pelo menos 613 mortes em locais de assistência gerenciados pela GHF (Gaza Humanitarian Foundation), que conta com o apoio dos Estados Unidos e de Israel, e em áreas próximas a comboios humanitários administrados por outros grupos de ajuda, incluindo a própria ONU.
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A GHF emprega empresas de segurança e logística americanas para fornecer suprimentos a Gaza, ignorando em grande parte um sistema coordenado pela ONU, que, segundo Israel, facilitou o desvio de assistência aos combatentes palestinos.
A Organização das Nações Unidas considerou a operação como “inerentemente insegura” e uma violação das regras de imparcialidade humanitária.
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Registramos 613 mortes, em áreas da GHF e em locais próximos a comboios humanitários, conforme dados de 27 de junho. Desde então, ocorreram outros casos, afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a repórteres em Genebra.
A GHF iniciou a distribuição de cestas básicas em Gaza no final de maio e assegurou que não havia irregularidades em suas operações.
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De um total de 613 mortes, 509 foram registradas nos arredores dos locais de distribuição da GHF, informou a organização vinculada à ONU.
A organização declarou que o dado se fundamenta em uma variedade de fontes, incluindo informações de hospitais, cemitérios, famílias, autoridades de saúde palestinas, organizações não governamentais e parceiros no local.
Ele também destacou que está analisando outros relatórios e ainda não pode detalhar os locais onde ocorreram os assassinatos.
A Organização das Nações Unidas afirma que Israel possui responsabilidade pela segurança de Gaza.
A GHF declarou anteriormente à Reuters que forneceu mais de 52 milhões de refeições a palestinos em cinco semanas e afirmou que outros grupos humanitários tiveram “quase toda a sua ajuda desviada”.
Israel interrompeu um bloqueio de assistência de 11 semanas a Gaza em 19 de maio.
<p>O OCHA (escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários) pontuou à Reuters que houve alguns casos de saques violentos e ataques a motoristas de caminhão, o que foi descrito como inaceitável.</p>
<p>âIsrael, como potência ocupante, tem responsabilidade com relação à ordem pública e à segurança em Gaza. Isso deve incluir a entrada de muito mais suprimentos essenciais, por meio de várias passagens e rotas, para atender à s necessidades humanitáriasâ, destacou o porta-voz da OCHA, Eri Kaneko, em um comunicado à Reuters.</p>
A Cogat, agência israelense de coordenação de ajuda militar, não respondeu a solicitação de um comentário.
As forças israelenses admitiram na segunda-feira (30) que civis palestinos sofreram ferimentos em pontos de distribuição de assistência em Gaza, mencionando que suas tropas receberam novas orientações após “lições aprendidas”.
As forças israelenses afirmam que suas tropas atuam em áreas próximas a pontos estratégicos para impedir que assistência chegue a combatentes palestinos do Hamas.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.