Mais de 60 mil palestinos faleceram em Gaza

Altas taxas de fome, desnutrição e doenças intensificam o número de vítimas no território.

29/07/2025 8:47

4 min de leitura

Mais de 60 mil palestinos faleceram em Gaza
(Imagem de reprodução da internet).

A pior crise de fome se manifesta em Gaza e é imprescindível uma ação urgente para cessar os conflitos e possibilitar o acesso irrestrito à ajuda, alertou nesta terça-feira (29) uma organização internacional que acompanha a insegurança alimentar, afirmando que a ausência de medidas imediatas levaria a um genocídio.

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O aviso ocorreu em sincronia com uma afirmação das autoridades de saúde de Gaza que indicava que a campanha militar de Israel já havia causado a morte de mais de 60 mil palestinos.

A IPC (Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar) considera que a crise de escassez de alimentos causada pela ação humana pode ser formalmente definida como fome, com o objetivo de intensificar a pressão sobre Israel para que permita a entrada de um volume significativamente maior de alimentos.

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O IPC declarou que evidências crescentes indicam que a fome generalizada, a desnutrição e as doenças estão provocando um aumento nas mortes relacionadas à fome.

O sistema informou que conduziria prontamente a análise formal que possibilitaria determinar que Gaza se encontra em situação de fome.

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Não ficou claro se esse anúncio ajudaria a remover o principal obstáculo para que os alimentos cheguem aos 2,1 milhões de habitantes de Gaza: a recusa de Israel em permitir a entrada de mais do que um pequeno número de caminhões.

Ajuda humanitária limitada chega a Gaza.

O assessor do PMA, Ross Smith, afirmou em Genebra, por vídeo, que a organização está recebendo aproximadamente 50% da quantidade solicitada em Gaza desde o início das suspensões humanitárias no domingo.

O PMA declarou que aproximadamente 470 mil indivíduos estão vivenciando situações análogas à fome, com 90 mil mulheres e crianças necessitando de alimentação especializada.

O Ministério da Saúde de Gaza afirma que pelo menos 147 pessoas faleceram por causa da fome, incluindo 88 crianças, na maior parte das últimas semanas.

Fotos de crianças com ferimentos graves e imagens de ossos expostos chocaram o mundo, intensificando as críticas internacionais a Israel, que resultaram no anúncio, no fim de semana, de pausas humanitárias diárias nos combates em três áreas de Gaza e a criação de novos corredores seguros para os convoyes de ajuda.

Contudo, o fornecimento permanece significativamente inferior ao que as agências de assistência afirmam ser o mínimo necessário.

O aviso do IPC (Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar) indicou um volume de 62 mil toneladas de alimentos básicos mensais, contudo, conforme a agência israelense de coordenação de ajuda Cogat, foram registradas entradas de 19.900 toneladas em maio e 37.800 em junho.

Smith afirmou que o PMA não dispõe dos estoques nem das autorizações para reativar as padarias e cozinhas comunitárias que representavam uma importante ajuda antes do início do bloqueio israelense total em maio.

O ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, afirmou nesta terça-feira (29) que a situação em Gaza é “difícil”, mas que existiam informações falsas sobre a fome.

Ele afirmou que 5 mil caminhões de assistência entraram no território nos últimos dois meses e que Israel auxiliaria aqueles que desejassem realizar lançamentos aéreos – uma metodologia de entrega que as organizações de ajuda consideram ineficaz e simbólica.

Israel tem reiterado que suas ações são justificadas como defesa própria. O país alega que o grupo militante palestino Hamas, que governa Gaza, é responsável por não liberar reféns e não se render, além de operar em áreas civis, o que o Hamas contesta.

O aviso do IPC indica que medidas urgentes devem ser implementadas para cessar os conflitos e possibilitar uma resposta humanitária ampla, em grande escala e com potencial para salvar vidas.

Essa é a única via para evitar mais mortes e sofrimento humano devastador.

A FAP faz parcerias com governos, organizações de assistência internacional e agências da ONU, e analisa a magnitude da fome enfrentada por uma população.

Sua classificação de fome exige que no mínimo 20% da população esteja enfrentando grave escassez de alimentos, com uma criança a cada três sofrendo desnutrição grave e duas pessoas a cada dez mil morrendo diariamente por fome e doenças.

As últimas informações do sistema apontam que as fronteiras da fome já foram alcançadas para o consumo de alimentos na maior parte do território e para a desnutrição aguda na cidade de Gaza.

Fonte por: CNN Brasil

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