Mais de 40 apoiadores de grupo proibido pró-Palestina são detidos em Londres
Críticos da proibição argumentam que o emprego de leis antiterrorismo é inadequado contra uma organização focada na desobediência civil.

A polícia de Londres declarou, no sábado, que deteve pelo menos 41 indivíduos que manifestaram apoio ao grupo proibido Ação Palestina, durante uma manifestação em frente ao parlamento.
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Os parlamentares britânicos proibiram o grupo, conforme a legislação antiterrorismo no início deste mês, após alguns de seus integrantes invadiram uma base da Força Aérea Real e causaram danos a aeronaves em manifestação contra o apoio do Reino Unido a Israel.
A polícia realizou 41 prisões de indivíduos que demonstraram apoio a uma organização proibida. Uma pessoa foi presa por agressão comum, informou a Polícia Metropolitana de Londres em comunicado nas redes sociais sobre a manifestação.
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Após um protesto similar na capital inglesa na semana passada, a polícia deteve 29 indivíduos.
A polícia também realizou prisões em uma manifestação de apoio ao grupo em Manchester. Outros protestos aconteceram em Cardiff e na Irlanda do Norte.
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Antes dos protestos de sábado em Londres, aproximadamente 50 manifestantes se juntaram, exibindo cartazes que diziam “Eu me opõe ao genocídio. Apoio a Ação Palestina” perto de uma estátua do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, em frente ao parlamento britânico.
O Tribunal Internacional de Justiça em Haia analisa um caso movido pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio contra os palestinos no conflito de Gaza, iniciado após o ataque do grupo palestino Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
Israel nega consistentemente ter cometido abusos.
A classificação do governo britânico da Ação Palestina como grupo terrorista coloca-a no mesmo nível do Hamas, da Al-Qaeda e do ISIS. O envolvimento com essa organização agora implica em uma pena de prisão de até 14 anos.
Críticos da proibição argumentam que o emprego de leis antiterrorismo é inadequado contra um grupo focado na desobediência civil.
O grupo costuma visar empresas israelenses e relacionadas a Israel no Reino Unido, incluindo a empresa de defesa Elbit Systems, frequentemente utilizando tinta vermelha, obstruindo acessos ou causando danos a equipamentos.
Em uma ação judicial sem sucesso contra a proibição, um advogado do Ação Palestina afirmou que a proibição do governo foi a primeira vez que o país proibiu um grupo que exercia essa forma de ação direta.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.