Mais de 40 apoiadores de grupo proibido pró-Palestina são detidos em Londres

Críticos da proibição argumentam que o emprego de leis antiterrorismo é inadequado contra uma organização focada na desobediência civil.

12/07/2025 13:49

2 min de leitura

Mais de 40 apoiadores de grupo proibido pró-Palestina são detidos em Londres
(Imagem de reprodução da internet).

A polícia de Londres declarou, no sábado, que deteve pelo menos 41 indivíduos que manifestaram apoio ao grupo proibido Ação Palestina, durante uma manifestação em frente ao parlamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os parlamentares britânicos proibiram o grupo, conforme a legislação antiterrorismo no início deste mês, após alguns de seus integrantes invadiram uma base da Força Aérea Real e causaram danos a aeronaves em manifestação contra o apoio do Reino Unido a Israel.

A polícia realizou 41 prisões de indivíduos que demonstraram apoio a uma organização proibida. Uma pessoa foi presa por agressão comum, informou a Polícia Metropolitana de Londres em comunicado nas redes sociais sobre a manifestação.

Leia também:

Após um protesto similar na capital inglesa na semana passada, a polícia deteve 29 indivíduos.

A polícia também realizou prisões em uma manifestação de apoio ao grupo em Manchester. Outros protestos aconteceram em Cardiff e na Irlanda do Norte.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Antes dos protestos de sábado em Londres, aproximadamente 50 manifestantes se juntaram, exibindo cartazes que diziam “Eu me opõe ao genocídio. Apoio a Ação Palestina” perto de uma estátua do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, em frente ao parlamento britânico.

O Tribunal Internacional de Justiça em Haia analisa um caso movido pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio contra os palestinos no conflito de Gaza, iniciado após o ataque do grupo palestino Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.

Israel nega consistentemente ter cometido abusos.

A classificação do governo britânico da Ação Palestina como grupo terrorista coloca-a no mesmo nível do Hamas, da Al-Qaeda e do ISIS. O envolvimento com essa organização agora implica em uma pena de prisão de até 14 anos.

Críticos da proibição argumentam que o emprego de leis antiterrorismo é inadequado contra um grupo focado na desobediência civil.

O grupo costuma visar empresas israelenses e relacionadas a Israel no Reino Unido, incluindo a empresa de defesa Elbit Systems, frequentemente utilizando tinta vermelha, obstruindo acessos ou causando danos a equipamentos.

Em uma ação judicial sem sucesso contra a proibição, um advogado do Ação Palestina afirmou que a proibição do governo foi a primeira vez que o país proibiu um grupo que exercia essa forma de ação direta.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.