Mais de 10% da população de Gaza sofreu mortes ou ferimentos, afirma militar israelense
O ex-chefe do Exército Ein HaBesor declarou que, até o momento, 200 mil palestinos perderam a vida.

Um ex-chefe do Exército israelense declarou que aproximadamente 1 de cada 10 palestinos na Faixa de Gaza foi morto ou ferido desde o início da guerra, que ocorreu há quase dois anos.
Na comunidade de Ein HaBesor, no sul de Israel, o ex-chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, tenente-general Herzi Halevi, declarou: “Existem 2,2 milhões de pessoas em Gaza. Atualmente, mais de 10% foram mortos ou feridos, ultrapassando os 200 mil. Esta não é uma guerra branda.”
A menção se destaca devido à sua proximidade com dados do Ministério da Saúde palestino, que indicam que as forças israelenses ceifaram a vida de cerca de 65 mil palestinos e causaram mais de 164 mil ferimentos.
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Durante o conflito, representantes israelenses questionaram consistentemente os dados divulgados pelo Ministério da Saúde palestino, buscando relativizar o número total de vítimas fatais e lesões no território cerceado. Além disso, acusaram o ministério de utilizar informações fornecidas pelo Hamas.
Halevi proferiu declarações na semana passada, porém a divulgação dessas afirmações se intensificou apenas posteriormente, com ampla repercussão na mídia israelense. Diversos veículos de comunicação obtiveram uma gravação das falas, e a CNN confirmou a participação de Halevi no evento, com base em informações de um dos envolvidos. Halevi liderou o Estado-Maior durante os primeiros 17 meses do conflito.
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Um porta-voz das FDI declarou: “Não faremos comentários sobre assuntos discutidos em conversas privadas.”
Halevi, que renunciou em março em razão dos erros das FDI em evitar o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, também declarou que a principal assessora militar nunca limitou suas ações ou ordens. A major-general Yifat Tomer-Yerushalmi, assessora-geral das FDI, tem sido alvo de uma campanha da direita que a acusa de impedir a vitória ao restringir operações militares.
“Nenhuma pessoa me impediu”, afirmou Halevi. “Nem a promotora militar – aliás, ela não tem autoridade para me restringir. Existem assessores jurídicos que dizem: saberemos como defender isso legalmente no mundo, e isso é importante para o Estado de Israel.”
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.