O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o papa Leão 14, se reuniram nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, no Vaticano, para discutir a “necessidade urgente” de uma solução de dois Estados para encerrar o conflito na Faixa de Gaza.
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O encontro, que durou aproximadamente uma hora, ocorreu nos aposentos papais, local tradicional para receber chefes de Estado. A Santa Sé classificou as conversas como “cordiais”, conforme divulgado em comunicado oficial.
Reconhecimento da Urgência e Assistência Humanitária
Durante as conversas, foi reconhecido que há uma necessidade urgente de fornecer assistência à população civil em Gaza e de buscar o fim do conflito através da solução de dois Estados. O Vaticano enfatizou a importância de ambas as ações, refletindo a gravidade da situação no território.
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Primeira Reunião Presencial e Contato Anterior
Esta foi a primeira reunião presencial entre Abbas e o pontífice, embora os dois líderes já tenham realizado conversas telefônicas em 21 de julho, discutindo os desdobramentos do conflito em Gaza e a violência na Cisjordânia. O encontro ocorreu quase um mês após a entrada em vigor de uma nova legislação.
Declarações e Reconhecimento da Importância do Papa Francisco
O presidente Abbas chegou a Roma na quarta-feira, 5 de novembro, e visitou a Basílica de Santa Maria Maior para prestar homenagem ao túmulo do papa Francisco. Em declarações aos jornalistas, Abbas afirmou: “Vim ver o papa Francisco porque não consigo esquecer o que ele fez pela Palestina e pelo povo palestino, e não consigo esquecer que ele reconheceu a Palestina sem que ninguém lhe tivesse pedido que o fizesse”.
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Acordo Abrangente e Significado de Jerusalém
O Acordo Abrangente entre a Santa Sé e o Estado da Palestina, assinado em 26 de junho de 2015, expressa o compromisso mútuo com a autodeterminação palestina e a solução de dois Estados. O texto também enfatiza o significado simbólico e espiritual de Jerusalém para judeus, cristãos e muçulmanos.
A Santa Sé e o Estado da Palestina mantiveram contatos telefônicos frequentes após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 e os subsequentes bombardeios israelenses em Gaza.
