Maduro recebe apoio da ONU e Rússia após ataques dos EUA na Venezuela

O presidente venezuelano (PSUV, esquerda) manifestou apoio na segunda-feira (3.nov.2025) ao Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, após a condenação dos ataques aéreos realizados pelos Estados Unidos contra o país. Segundo a porta-voz do gabinete de Türk, Ravina Shamdasani, a ONU considera os ataques militares dos EUA contra embarcações no Mar do Caribe, supostamente envolvidas no tráfico de drogas, “inaceitáveis” e que devem cessar.

Esta foi a primeira vez que a organização emitiu uma declaração formal sobre o assunto, solicitando uma investigação independente dos episódios.

Relações Internacionais e Apoio Russo

Durante seu programa semanal, transmitido semanalmente pelo canal Maduro, o presidente venezuelano elogiou a declaração do Alto Comissário da ONU, descrevendo-a como “bem-vinda” e “um passo importante para o direito internacional e a estabilidade regional”.

Adicionalmente, o presidente mencionou a longa cooperação militar entre Venezuela e Rússia, caracterizando-a como “calma, produtiva e com perspectiva de continuidade”. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também se manifestou, denunciando o “uso excessivo de força militar” dos EUA no Mar do Caribe e reafirmando o apoio à Venezuela.

Solicitações de Apoio e Operações dos EUA

O presidente venezuelano enviou cartas aos governos da Rússia, da China e do Irã, buscando assistência militar, técnica e financeira para fortalecer a capacidade de defesa da Venezuela. Os Estados Unidos mantêm, desde setembro, operações regulares contra embarcações no oceano Pacífico e no mar do Caribe, justificadas como parte do combate ao narcotráfico.

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Segundo o governo norte-americano, os barcos transportam drogas da Venezuela e da Colômbia em direção ao território norte-americano.

Incidentes e Declarações

Um incidente ocorrido no sábado (1º.nov) no oceano Pacífico, com a morte de três pessoas, elevou o número total de mortos em operações dos EUA para 15, com um total de 64 mortos. Em uma entrevista ao programa “60 Minutes”, da CBS, o então presidente norte-americano (Partido Republicano), e o Secretário de Guerra, Pete Hegseth, expressaram a crença de que o governo Maduro está envolvido em atividades ilícitas.