Maduro interrompe acordos de energia com Trinidad em meio a tensões com os EUA
Ditador venezuelano emite ordem como “medida cautelar” em resposta à postura da primeira-ministra do país vizinho, aliada de Washington.
Venezuela Suspende Cooperação Energética com Trinidad e Tobago
A Venezuela interrompeu a colaboração no setor energético com Trinidad e Tobago, incluindo projetos de gás natural em andamento. Essa decisão foi classificada como uma “medida cautelar” pelo presidente Nicolás Maduro.
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Na segunda-feira (27), durante uma transmissão ao vivo, Maduro informou que o Ministério do Petróleo e a estatal PDVSA apresentaram uma proposta para suspender o acordo de cooperação com o país vizinho. A ordem resultou na suspensão imediata de todos os aspectos do acordo energético, conforme declarado por Maduro.
“Li este relatório e aprovei a medida cautelar de suspensão imediata de todos os efeitos do acordo energético. É uma decisão que tomei como presidente e que assinei. Tudo está suspenso”, afirmou o líder venezuelano.
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Contexto do Acordo de Parceria
A Venezuela possui o campo offshore Dragon, que contém reservas de 4,2 trilhões de pés cúbicos de gás natural. Em 2023, o governo venezuelano firmou um contrato de 30 anos com a Shell e a NGC (Companhia Nacional de Gás) de Trinidad e Tobago para a produção e exportação de gás desse campo.
O gás seria transportado por um gasoduto até Trinidad, onde seria processado e posteriormente exportado de volta à Venezuela como Gás Natural Liquefeito (GNL), beneficiando ambos os países. O projeto foi acordado durante a administração anterior, mas o novo governo de Trinidad, sob a liderança da primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar, não é visto como um aliado.
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Desde que assumiu em abril, Persad-Bissessar tem mantido uma relação próxima com o governo do presidente americano Donald Trump, em meio ao aumento das tensões entre Washington e Caracas. O desenvolvimento do campo Dragon enfrenta atrasos devido às frequentes mudanças na política dos EUA em relação às sanções energéticas impostas à Venezuela desde 2019.
Para que a Shell opere no campo, a empresa obteve autorização do governo dos EUA. Todas as empresas americanas precisam dessa liberação para negociar com a Venezuela, especialmente em um cenário de crescente tensão entre os dois países.
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.
