Maduro envia chanceler à ONU em meio à tensão com Trump e acusações de narcoterrorismo
Maduro sob pressão: Denúncia formal de Trump e crescente tensão entre Venezuela e EUA
Tensão Internacional em torno da Venezuela
Com o presidente venezuelano Nicolás Maduro sob forte acusação dos Estados Unidos de liderar uma rede de narcotráfico, o chanceler Yván Gil representará o país na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira. Essa decisão reflete a crescente pressão internacional sobre Maduro, que enfrenta denúncias formais do governo de Donald Trump, classificando o país como “narcoterrorismo“, e a intensificação das tensões entre os dois países.
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Em uma reunião paralela à Assembleia Geral, o chanceler Gil adotou uma postura mais firme, criticando os Estados Unidos por prepararem “uma agressão” contra a Venezuela. A situação demonstra a escalada do conflito e a determinação de Caracas em resistir às pressões externas.
Operação Americana e Acusações
Em agosto, os Estados Unidos mobilizaram oito navios de guerra no Caribe, sob o argumento de combater o narcotráfico. A ação resultou na destruição de pelo menos quatro embarcações suspeitas de transportar drogas, com um saldo de 14 mortos. Essa operação intensificou as acusações contra Maduro e seu governo.
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Segundo o chanceler Gil, a operação americana possui objetivos políticos e econômicos claros: “apoderar-se dos recursos naturais” da Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, e “promover uma mudança de regime” em Caracas. A chanceler enfatiza a necessidade de alertar sobre a ameaça iminente.
Resposta de Caracas e Medidas
O chanceler Gil declarou que Caracas está estudando declarar um “estado de agitação externa” em todo o país, diante da ameaça representada pela operação americana. Ele também acusou Donald Trump de desrespeitar as normas da Carta das Nações Unidas, ao fazer ameaças de novas sanções econômicas.
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Maduro rejeitou o convite para diálogo feito por Trump, classificando a mensagem como “repleta de mentiras”. O presidente venezuelano negou as acusações de narcotráfico e afirmou que apenas 5% da cocaína fabricada na Colômbia transita por território venezuelano. A situação continua tensa, com riscos de escalada para a região.
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












