Madri se prepara para receber as negociações entre os Estados Unidos e a China nos próximos dias, considerando o governo espanhol que o evento representa uma oportunidade de restabelecer os vínculos com o presidente americano Donald Trump.
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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, selecionaram Madri como sede para prosseguir suas conversas, e uma fonte do governo afirmou que a Espanha se beneficiaria dessa ocasião.
Os Estados Unidos consideraram “profundamente preocupantes” as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez para restringir o acesso dos portos e do espaço aéreo espanhóis a navios e aeronaves transportando armas para Israel, devido ao potencial de impactar as operações americanas.
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Por um acordo firmado em 1953, as forças armadas americanas mantiveram a utilização da base aérea de Moron e da base naval de Rota, localizadas no sul da Espanha, por mais de 70 anos.
À medida que as relações da Espanha com os Estados Unidos se deterioravam, suas relações com a China se estreitavam.
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Sánchez passou a visitar a China três vezes em um período de dois anos e modificou sua posição, votando para se abster na discussão sobre a imposição de tarifas a veículos elétricos chineses, anteriormente apoiada, com o objetivo de estabelecer a Espanha como mediadora entre a China e a União Europeia.
A utilização por parte dos EUA das bases militares espanholas para reabastecimento durante o bombardeio de instalações nucleares iranianas em junho demonstra que a Espanha não excedeu os limites estabelecidos e que seu relacionamento transatlântico permanece inalterado, afirmou José-Ignacio Torreblanca, conselheiro sênior do escritório de Madri do Conselho Europeu de Relações Exteriores.
“Ainda não sabemos quem solicitou (que a Espanha sediasse a reunião) – se foram os chineses –, mas é bom para a Espanha”, disse Torreblanca.
Ele complementou que o governo espanhol teria a chance de dialogar com Bessent e abordar suas preocupações, o que proporcionaria a Madri “uma vantagem” em negociações futuras com Washington.
Fonte por: CNN Brasil