Macron afirma que o Irã não deve desenvolver armas nucleares

O presidente francês informou ter realizado uma conversa telefônica com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, no sábado (21.jun).

21/06/2025 15:28

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Janja Lula da Silva e o presidente francês Emmanuel Macron durante a cerimônia oficial de chagada, no palácio do Planalto em Brasilia, Brasil, em 28 de março de 2024. | Sérgio Lima/Poder360 - 28.mar.2024
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O presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), dialogou por telefone com o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, neste sábado (21.jun.2025). Declarou que, na ligação, manifestou grande preocupação com o programa nuclear do país.

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O chefe francês declarou ainda acreditar que há uma via para encerrar a guerra e evitar riscos adicionais. Ele ressaltou que o Irã nunca deve obter armas nucleares.

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Manifestei minha profunda preocupação com o programa nuclear iraniano. Aqui, novamente, minha posição é clara: o Irã jamais deve adquirir armas nucleares, e cabe ao Irã fornecer garantias plenas de que suas intenções são pacíficas, afirmou o presidente da França em publicação no X. “Para isso, aceleraremos as negociações lideradas pela França e seus parceiros europeus com o Irã”, completou.

Macron afirmou ter também defendido a libertação do casal francês Cécile Kohler e Jacques Paris, que estão presos no Irã desde maio de 2022 sob acusações de espionagem. “Sua detenção desumana é injusta. Espero que eles retornem à França”, disse o presidente da França.

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O Irã declarou nesta sexta-feira (20.jun.2025) que não negociará sobre seu programa nuclear enquanto estiver sob ataque por Israel. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, em pronunciamento ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra (Suíça).

Araqchi viajou à cidade por convite de países europeus para participar de uma rodada diplomática com representantes da Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia. O encontro teve como objetivo restabelecer o diásobre o programa nuclear iraniano.

O Irã faz parte do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, ao contrário de Israel. O governo iraniano não confirma nem nega possuir armas nucleares.

Washington e Teerã estavam negociando um novo acordo nuclear para substituir o que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), cancelou unilateralmente em 2018, durante seu primeiro ano de governo.

O acordo inicial permitia que a Irã mantivesse até 300 kg de urânio enriquecido com uma pureza máxima de 3,67%, um limite considerado apropriado para uso civil.

A escalada das tensões ocorreu após uma sequência de ataques israelenses contra alvos militares e nucleares no Irã. O confronto iniciou na noite de 13 de junho, às 3h da manhã no horário local – equivalente a 21h de 12 de junho em Brasília.

O Estado israelense considerou ser uma medida preventiva, visando evitar a ameaça representada pelo programa nuclear iraniano. Alegou que o Irã estava a enriquecer urânio com o objetivo de desenvolver seu arsenal atômico.

Após os ataques, o aiatolá Ali Khamenei afirmou que Israel terá “um destino amargo e doloroso”. Em retaliação, Teerã lançou mísseis e drones contra território israelense.

Fonte por: Poder 360

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.