Macron afirma que o Irã é responsável pela desestabilização da região
O presidente francês declarou que o porte de armas nucleares pelo Irã representa uma ameaça à Europa e à “estabilidade coletiva”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que o Irã possui grande responsabilidade pela desestabilização do Oriente Médio e que progrediu com um programa nuclear injustificado. Contudo, solicitou moderação após o ataque de Israel ao Irã.
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O Irã tem responsabilidade pela desestabilização de toda a região, afirmou o líder francês. Apoiou o Hamas, o Hezbollah e os Houthis, acolheu o ataque terrorista de 7 de outubro, após o qual 50 compatriotas perderam a vida, e ainda mantém dois reféns franceses, Cécile Kohler e Jacques Paris. E quero reiterar às suas famílias nossa solidariedade e nossa determinação em garantir sua libertação.
Após um dia de conversas com líderes regionais e internacionais, após os bombardeios israelenses a alvos militares iranianos, incluindo instalações nucleares, Macron afirmou que Teerã está próximo de um “ponto crítico” para adquirir uma arma nuclear. O Irã nega repetidamente ter essa intenção.
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Apesar de ter solicitado contenção, Macron admitiu que retomar os esforços diplomáticos, notadamente as negociações entre os EUA e o Irã sobre o acordo nuclear iniciadas há dois meses, será um desafio.
“E assim, afirmo com a maior clareza, o risco dessa marcha em direção às armas nucleares por parte do Irã ameaça a região, a Europa e a estabilidade coletiva”, prosseguiu. “Não podemos viver em um mundo onde o Irã possui a bomba atômica, porque ela representa uma ameaça existencial e uma ameaça ao nosso segurança coletiva.”
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Macron alertou para potenciais impactos na economia global, afirmando que a França defenderá Israel caso o país seja atacado pelo Irã, como já fez no passado, mas rejeitou a participação em qualquer operação militar contra Teerã.
França e Israel, aliados históricos, apresentam tensas relações nos últimos meses, com Macron cada vez mais crítico da guerra de Gaza.
O presidente Macron enfatizou que o apoio da França a Israel não é incondicional e que Paris tem o direito de discordar de certas decisões do governo israelense, pois “elas por vezes vão contra os interesses de segurança de Israel”.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.












