Lyle Menendez, detido há 35 anos junto do irmão Erik pelos assassinatos dos pais em 1989 na residência em Beverly Hills, viu indeferido o pedido de liberdade condicional na sexta-feira (22), um dia após a decisão similar contra o irmão mais novo.
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A decisão foi divulgada pelo Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia, após um processo que durou mais de 11 horas.
Os oficiais de liberdade condicional responsáveis pela análise chegaram à conclusão de que Lyle Menendez, de 57 anos, ainda representava um risco para o público, conforme informações divulgadas à imprensa, incluindo à Reuters, por um repórter da mídia.
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Menendez, usando vestimentas azuis da penitenciária, surgiu em vídeo de uma cela em San Diego, onde se encontra detido.
O irmão mais novo, Erik Menendez, de 54 anos, teve a liberdade condicional revogada após uma sessão de 10 horas na quinta-feira (21). Os dois podem solicitar a liberdade condicional novamente dentro de três anos.
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Os irmãos foram julgados culpados de homicídio qualificado em um processo ocorrido há três décadas que atraiu a atenção da mídia nacional.
Em 20 de agosto de 1989, confessaram ter assassinado seus pais, José e Kitty Menendez, utilizando espingardas calibre 12, enquanto o casal via televisão na sala de residência.
Os irmãos alegaram ter agido em legítima defesa, com receio pela própria vida após anos de abuso sexual por parte de seu pai, um executivo rico do setor do entretenimento, e abuso emocional por sua mãe. Os irmãos tinham 21 e 18 anos na época.
Os promotores sustentaram que as mortes foram friamente planejadas e motivadas pelo interesse financeiro, isto é, o desejo dos irmãos de receber a fortuna considerável deixada por seus pais.
A comissária de liberdade condicional Julie Garland explicou que a natureza “insensível” dos assassinatos, juntamente com os esforços de Lyle Menendez para encobrir seu papel no crime posteriormente, permaneceram fatores na negação.
Antes da decisão do conselho, Menendez afirmou que estava “profundamente arrependido de quem eu era… pelo dano que todos sofreram”.
Embora suas demonstrações de arrependimento tivessem dado a impressão de sinceridade, “você apresenta traços de personalidade antissociais como mentir, minimizar e desrespeitar regras que se escondem por trás dessa fachada positiva”, afirmou Garland a Menendez durante o encerramento da audiência.
Os oficiais de justiça dedicaram grande parte de sua atenção durante o processo ao uso reiterado de telefones celulares contrabandeados pelos dois irmãos, em afronta às normas do estabelecimento prisional.
Garland afirmou que indivíduos presos que violam normas apresentam maior probabilidade de infringi-las na sociedade.
Diversos familiares manifestaram apoio à sua libertação durante as audiências em nome dos irmãos.
Eles permanecem sob custódia a partir de março de 1990 e foram originalmente julgados em julho de 1996, resultando em duas sentenças de prisão vitalícia sem a possibilidade de progressão de regime.
Em maio deste ano, suas condenações foram diminuídas para 50 anos de prisão perpétua, conforme o estatuto de delinquente juvenil da Califórnia, que se aplica aos réus com menos de 26 anos no momento do crime, habilitando-os à liberdade condicional após a conclusão de metade do período.
Fonte por: CNN Brasil