As tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos têm se intensificado, e as recentes declarações de Lula podem estar contribuindo para agravar ainda mais a situação. A análise é do diretor-executivo do Eurasia Group, Christopher Garman, ao WW. Ele destaca a necessidade de equilíbrio e disciplina no trato das questões bilaterais.
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Apesar de não ser viável controlar a intensificação das ações do governo americano em resposta às recentes decisões do Brasil, incluindo o processo judicial contra Jair Bolsonaro e as sugestões de regulamentação das redes sociais, é essencial que o governo brasileiro evite medidas de retaliação que possam agravar a crise.
O Brasil avaliou retaliações como a taxação das grandes empresas de tecnologia e a quebra de patentes na indústria farmacêutica. Contudo, o Palácio do Planalto tem demonstrado cautela em adotar essa abordagem, visando evitar o agravamento das tensões.
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Garman enfatiza que há uma tênue linha entre demonstrar firmeza em relação a interesses externos e provocar excessivamente o parceiro comercial.
A avaliação indica que o presidente Lula pode não ter conseguido preservar essa situação, e suas declarações podem intensificar ainda mais as relações bilaterais.
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O analista também aponta que uma parcela considerável das tensões presentes decorre de decisões do Supremo Tribunal Federal, das quais o Palácio do Planalto não possui controle direto.
A abordagem mais sensata, na sua visão, seria esperar o momento adequado para aumentar a incorporação de produtos nacionais no mercado americano, visando reduzir os prejuízos entre os dois países.
Fonte por: CNN Brasil