Em meio à previsão de validação de tarifação de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou que o então presidente Donald Trump “reflita a importância do Brasil”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Espero que o presidente dos Estados Unidos reflita a importância do Brasil e resolva fazer o que num mundo civilizado a gente faz: tem divergência? Senta numa mesa, coloca a divergência de lado e vamos resolver, e não de uma forma abrupta, individual de tomar a decisão que vai taxar o Brasil em 50%, disse Lula durante a inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açú, em São João da Barra (RJ).
A imposição de tarifas é responsabilidade do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos EUA desde março, e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
LEIA TAMBÉM!
Analise o processo envolvendo Filipe Martins, que foi citado pelo The Wall Street Journal
Pesquisa indica que jovem brasileiro abandona a esquerda com o passar dos anos
Em pesquisa da Ipsos-Ipec, a maioria da população brasileira ainda se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, após três anos de levantamento
Isso é o resultado de uma ação e a pessoa que está pedindo para que isso aconteça, disse o petista referindo-se a Eduardo e Jair.
O presidente Lula afirmou: “Eles faziam campanha envoltos na bandeira nacional, ‘Brasil acima de tudo, acima de tudo’ e agora vão para a desfaçatez ‘Brasil acima de tudo’. É uma falta de vergonha, falta de caráter, de patriotismo”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Tarifaço
Esta semana é crucial para o Brasil tentar negociar com os EUA a taxa de 50%, divulgada por Trump em 9 de julho. De acordo com o norte-americano, as medidas serão implementadas a partir de 1º de agosto, isto é, em quatro dias.
Até o presente momento, a negociação, conduzida pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), não alcançou resultados. Na semana passada, ele afirmou ter conversado por 50 minutos com o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick.
Alckmin afirmou que houve conversas com o governo norte-americano, incluindo uma com o Secretário de Comércio, onde foram apresentados todos os pontos e o interesse do Brasil na negociação, ressaltando que o presidente Lula tem orientado para que não haja contaminação política ou ideológica.
Howard Lutnick confirmou que as tarifas iniciarão em 1º de agosto.
Sem prorrogações, sem períodos de carência. 1º de agosto. As tarifas estão definidas. Elas entrarão em vigor, a alfândega começará a cobrar, e lá vamos nós.
Contudo, Lutnick ressaltou que, mesmo com o início das taxas, os países ainda podem buscar negociar com o governo americano.
Após 1º de agosto, as pessoas ainda podem conversar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. E entre agora e a data, o presidente vai conversar com muita gente. Se conseguir agradá-lo, é outra história, mas o presidente está definitivamente disposto a negociar e a conversar com as grandes economias, com certeza.
Na segunda-feira, Lula afirmou que a situação da tarifação “é muito triste”, devido à “relação do Brasil com os Estados Unidos ser muito séria”, e reiterou que o país brasileiro está aberto à negociação.
Com muita tranquilidade, o Brasil deseja negociar, não tem litígio com ninguém. Não quer briga, quer fazer comércio, afirmou Lula.
Fonte por: CNN Brasil