Lula se reúne com Hugo e Alcolumbre no Palácio do Planalto em sinal de reconciliação
Deputados se fotografaram com o presidente e membros do governo em evento de apoio a grupos atingidos pela alta taxa de juros.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acompanhado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), participou de um evento de apoio aos setores impactados pela tarifização americana na tarde de quarta-feira (13) no Palácio do Planalto.
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Lula garantiu a presença dos dois parlamentares ao seu lado, incluindo o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e de ministros, durante o momento da foto após a assinatura de uma Medida Provisória do pacote de socorro. A Medida Provisória entra em vigor imediatamente após a publicação no DOU (Diário Oficial da União), mas necessita da aprovação do Congresso em até 120 dias para não perder a validade.
A presença de Hugo e Alcolumbre ganha ainda mais relevância após a disputa envolvendo o Palácio do Planalto e o Congresso em relação ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), da qual o governo obteve maior sucesso, e subsequentemente após a ocupação das sessões plenárias das Casas pela oposição bolsonarista.
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A expectativa do Planalto é que as ações para mitigar os efeitos da tarifação possam unir a liderança do Congresso com o governo Lula, em conjunto com o empresariado.
Na terça-feira (12), Lula já se reuniu com ambos no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência em Brasília. Hugo também conversou com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sobre a agenda do governo no Congresso.
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O Planalto busca agilizar a avaliação da isenção do IR para contribuintes com rendimentos de até R$ 5.000 por mês. O projeto é a principal proposta de campanha de Lula para 2026.
Proposta de pacote contra tarifação
O presidente Lula anunciou, na quarta-feira, um pacote de medidas econômicas destinado a salvaguardar setores da economia brasileira impactados pelo aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos. Denominado Plano Brasil Soberano, o programa contempla ações emergenciais para atenuar os efeitos da taxa de 50% sobre produtos exportados ao mercado norte-americano, em vigor desde 6 de agosto.
O plano contempla a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, destinada primordialmente à manutenção de empregos e da renda nos setores mais afetados. O governo também adiou a cobrança de impostos de empresas prejudicadas, anunciou a ampliação de seguros para exportadores e reforçou a política de isenção de tributos sobre vendas externas, com impacto estimado de R$ 5 bilhões até 2026.
A União e governos locais adquirirão uma parcela dos produtos perecíveis, inicialmente destinados aos Estados Unidos – como peixes e frutas –, para suprir a merenda escolar e restaurantes populares, prevenindo perdas e assegurando assistência social.
O governo pretende ainda solicitar ao Congresso que R$ 9,5 bilhões das novas despesas não estejam incluídos na meta fiscal deste ano.
Lula manifesta insatisfação com a conduta dos Estados Unidos.
O presidente Lula, na cerimônia de lançamento do plano, no Palácio do Planalto, criticou a política comercial americana e defendeu o diálogo.
“Quem não quer negociar são eles, quem está com bravata são eles. Meu time só sabe negociar, mas, se for preciso brigar, a gente vai brigar. A gente não merecia isso, mas não foi só conosco. Eles taxaram a Índia em 50%”, afirmou o presidente.
De acordo com informações oficiais, a taxa incide sobre 36% das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Entre janeiro e julho deste ano, o Brasil realizou vendas no valor de US$ 23,9 bilhões para os norte-americanos, representando um crescimento de 4,23% em comparação com o mesmo período de 2024. No mesmo período, o país importou US$ 26 bilhões dos EUA, com um aumento de 12,56%.
Mais de 9.500 empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos, sobretudo de médio e grande porte. Os setores mais impactados pelas tarifas são máquinas e equipamentos, café, madeira, carnes e açúcar.
A oposição classificou o plano como “paliativo e eleitoreiro”.
Paralelamente, o governo federal busca diversificar mercados internacionais e prepara uma defesa diplomática contra novas sanções. O Itamaraty constituiu uma força-tarefa para responder às acusações de práticas comerciais desleais, levantadas por autoridades norte-americanas. Entre os pontos questionados, está inclusive o Pix.
A primeira resposta deverá ser encaminhada ao governo dos EUA até segunda-feira, 18.
Nova sanção e tensões bilaterais.
Nos últimos dias de quarta-feira, os Estados Unidos realizaram novas restrições de vistos, afetando servidores e ex-servidores do governo brasileiro e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) envolvidos no programa Mais Médicos, implementado durante o governo Dilma Rousseff (PT).
De acordo com fontes dos Estados Unidos, o programa gerou recursos financeiros para o governo cubano, contornou as sanções impostas pelos EUA e se aproveitou de trabalhadores do país.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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