Lula provoca Boulos: “Não sei se ele era do tempo das invasões”

Lançamento de Crédito Imobiliário e Comentário de Lula sobre Invasões

Durante o anúncio de um novo modelo de crédito imobiliário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma referência ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), comentando sobre o histórico de invasões de condomínios habitacionais. O evento ocorreu em meio a discussões sobre o futuro do financiamento imobiliário no Brasil.

Lula recordou o Banco Nacional da Habitação (BHN), criado em 1964, que teve como objetivo organizar o sistema habitacional e oferecer financiamento para a construção de moradias, especialmente para famílias de baixa renda. O presidente enfatizou que, historicamente, a construção de casas no país era frequentemente realizada por meio de iniciativas comunitárias e “mutirões”, com pouca intervenção estatal.

O chefe do Executivo mencionou os problemas enfrentados com o modelo do Banco Nacional de Habitação, destacando a ocorrência frequente de confrontos policiais devido à falta de um sistema adequado para atender às necessidades das pessoas que buscavam moradia. A declaração gerou risos entre os presentes no evento.

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Guilherme Boulos é membro do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MST), organização que defende o direito à moradia e a reformas urbanas.

Modernização do Sistema de Captação de Recursos

Nesta sexta-feira (10), o Ministério da Fazenda, o Ministério das Cidades e o Banco Central anunciaram a modernização do modelo de captação de recursos pelos bancos para financiamentos habitacionais, em linha com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A medida visa ampliar a disponibilidade de recursos para o setor habitacional.

A atualização do sistema beneficia, principalmente, as operações realizadas dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para a classe média, o que deve impulsionar o investimento no setor de construção civil e gerar empregos. A nova regra eleva o valor máximo do imóvel financiado no SFH de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

A transição busca criar um modelo mais sustentável e competitivo, com maior oferta de crédito habitacional no país.