Lula, Modi e Ramaphosa se reúnem em Joanesburgo para fortalecer o IBAS e discutir desafios globais

Reunião do IBAS em Joanesburgo

No último domingo (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, e Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, em Joanesburgo. Este foi o primeiro encontro do IBAS (Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul) desde 2011.

Durante o discurso, Lula enfatizou a importância da união entre os países do Sul global. Ele afirmou que, se o IBAS apenas duplicar as agendas do BRICS, permanecerá à sombra deste. O presidente destacou que a identidade e as capacidades do IBAS são únicas, ressaltando a vocação dos três países em equilibrar soberania, desenvolvimento, democracia e direitos humanos.

Temas Abordados no Encontro

O presidente também abordou questões como acesso a medicamentos e vacinas, direitos humanos, equidade de gênero e direitos sexuais e reprodutivos entre os membros do IBAS. Lula mencionou a importância de combater o extremismo e defender a democracia. “Nossos países são essenciais para a construção de um sistema justo e democrático de governança”, afirmou.

Ele ainda destacou a relevância do IBAS na governança global da Inteligência Artificial e a continuidade da cooperação Sul-Sul. Lula concluiu que é crucial que o IBAS se reúna regularmente em alto nível e que os resultados do grupo sejam refletidos em fóruns internacionais como a ONU, o G20 e o BRICS.

Cúpula de Líderes do G20

A reunião entre Lula, Modi e Ramaphosa ocorreu durante a Cúpula de Líderes do G20, que também está sendo realizada em Joanesburgo. Este ano, a cúpula contou com a ausência dos Estados Unidos, o que gerou incertezas sobre o futuro do grupo, que toma decisões por consenso.

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Apesar do boicote do presidente dos EUA, Donald Trump, Lula defendeu a aprovação de textos e posições semelhantes às da África do Sul e de outros países em desenvolvimento. Em seu discurso de abertura, ele criticou o protecionismo e o multilateralismo, além de afirmar que a desigualdade deve ser considerada uma emergência global.