O presidente Lula (PT) respondeu às declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, acerca da possibilidade de uma ligação para tratar da tarifação imposta pelos Estados Unidos a produtos importados do Brasil.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O petista declarou, em publicação no X na noite de sexta-feira, que seu governo sempre esteve aberto ao diálogo, mas criticou indiretamente a tentativa de Trump de interferir em assuntos brasileiros. “Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano.”
Horas antes, o presidente dos EUA afirmou que Lula pode falar com ele “quando quiser”. Trump ainda evitou detalhar os motivos que resultaram na imposição de tarifas, mas responsabilizou o governo do Brasil pela deterioração nas relações comerciais. “As pessoas que estão no comando do Brasil fizeram a coisa errada.”
LEIA TAMBÉM!
A declaração se segue a manifestações de Lula, que afirmou que nenhum país nos EUA estava disposto a discutir a questão da tarifação, mesmo após tentativas de contato institucional por parte de ministros e da embaixadora brasileira em Washington. O Palácio do Planalto tem priorizado o caminho diplomático, mas analisa alternativas de retaliação, incluindo a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também comentou as declarações de Trump. Em entrevista a jornalistas, afirmou que a sinalização do diálogo é “recíproca”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Haddad reiterou que realizará uma reunião na próxima semana com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. A intenção, segundo o ex-prefeito, é que o diálogo sirva de preparação para uma possível reunião entre os dois líderes.
É muito importante que a gente prepare essa conversa. Tive contato com a equipe do Bessent para fazermos uma reunião na semana que vem. Entendemos que as relações comerciais não devem ser afetadas pelas percepções políticas de qualquer natureza, argumentou Haddad. Tenho certeza de que uma conversa com o Bessent vai pavimentar o caminho para um encontro, se for da conveniência dos dois presidentes.
Fonte por: Carta Capital