Lula inicia missão histórica à Índia em 2026: Abertura de Mercados e Oportunidades Comerciais!

Lula embarca para a Índia em fevereiro de 2026 em busca de abrir novos mercados e fortalecer laços comerciais. Expectativas altas para a missão!

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(Imagem de reprodução da internet).

Visita de Lula à Índia em 2026: Abertura de Mercados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegará a Nova Délhi, na Índia, na segunda semana de fevereiro de 2026. Essa viagem é considerada por membros do governo como a maior missão de abertura de mercados da administração petista na Ásia.

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A Índia é vista como um “sonho de mercado” devido ao seu potencial em diversas áreas, como frutas, leguminosas, algodão, aves e tecnologia, além de seu grande consumo interno.

A viagem será um marco em um processo de aproximação que começou em julho de 2025, quando Lula e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, discutiram a parceria. Desde então, o Palácio do Planalto tem se esforçado para reposicionar a Índia como um parceiro estratégico na Ásia, diversificando as exportações brasileiras.

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Lula, que já recebeu Modi em Brasília, quer que essa viagem seja a última grande entrega econômica antes das eleições, o que justifica a escolha das datas durante o feriado prolongado de Carnaval.

Planejamento da Missão Empresarial

O itinerário da viagem à Índia está sendo elaborado em conjunto com uma missão empresarial mais ampla, parte de uma estratégia da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O objetivo é levar empresários brasileiros a dois destinos asiáticos no mesmo período.

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O tema dos fertilizantes será central nas discussões, uma vez que a Índia é um dos maiores produtores do mundo.

O Brasil enfrenta uma vulnerabilidade crítica nesse setor, pois seu solo é carente de nutrientes e o país produz apenas cerca de 30% do que consome. A dependência externa em relação a preços e oferta é uma preocupação. O governo acredita que um acordo com Nova Délhi pode mitigar esse risco e garantir a previsibilidade de insumos agrícolas, fortalecendo a produção e as exportações brasileiras.

Desafios e Oportunidades no Comércio

Negociadores brasileiros reconhecem que a Índia possui um potencial comercial significativo, mas a falta de coordenação entre produtores e governo dificulta a previsibilidade. A economia indiana é caracterizada por uma produção local fragmentada e dependente do clima.

Por exemplo, quando a produção de feijão atende ao consumo interno, as importações são suspensas. No entanto, em anos de quebra de safra, o país recorre ao mercado internacional, muitas vezes pagando preços elevados.

O Brasil é visto como um fornecedor confiável, mas enfrenta desafios para atender à demanda em tempo e volume adequados. Nos últimos anos, a ApexBrasil tentou aumentar a presença do Brasil na Índia por meio de feiras e rodadas de negócios, mas a adesão foi baixa, resultando na redução das missões anuais.

Expectativas para a Visita de Lula

A expectativa é que a presença do presidente reabra portas e amplie as negociações, em um esforço conjunto entre o Itamaraty, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e a Apex. A corrente de comércio entre Brasil e Índia gira em torno de US$ 12 bilhões, um valor considerado modesto para as duas economias.

Os governos estabeleceram a meta de elevar esse volume para US$ 20 bilhões até 2030.

Além disso, a missão busca “mudar a lógica de mercado” com a Índia e a Coreia do Sul, promovendo uma relação comercial mais ativa e equilibrada. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) liderou uma missão anterior que incluiu reuniões com ministros indianos e o lançamento do Fórum Empresarial de Líderes Brasil–Índia, visando aproximar o setor privado dos dois países.

Dados do governo mostram que, entre janeiro e maio de 2025, as exportações brasileiras para a Índia aumentaram 14,8%, enquanto as importações indianas cresceram 31,8%. Isso indica que a relação comercial está se fortalecendo, embora ainda haja espaço para crescimento.

A viagem de Lula é vista como um passo importante para consolidar essa aproximação e iniciar uma nova fase de cooperação econômica, focando em fertilizantes, agronegócio, tecnologia e energia limpa.

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.

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