Lula fortalece liderança política enquanto direita carece de candidato para 2026, diz Jorge Folena
Jorge Folena aponta que a nova postura do governo e a reabertura da comunicação com a sociedade são fatores que explicam a melhora na popularidade.
Aprovação de Lula e Mudanças no Governo
A melhora na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reflete uma nova postura do governo em relação às elites econômicas e ao Congresso, segundo o advogado e cientista político Jorge Folena, em entrevista ao Conexão BdF. Ele destacou que Lula “se impôs como liderança” e recuperou o apoio de parte do eleitorado que se afastou desde 2022.
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Folena ressaltou a importância da mudança de comportamento do governo em relação ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). “Queriam introduzir um semipresidencialismo forçado contra o presidente, e ele bateu na mesa e disse: ou eu sou o presidente da República ou não sou”, afirmou.
Comunicação e Popularidade
O cientista político observou que a comunicação mais ativa dos ministros e o fortalecimento das pautas econômica e social têm contribuído para o aumento da popularidade do governo. “O governo estava muito recuado, refém da classe dominante que impunha um ajuste fiscal. Agora, vemos o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se comunicando mais, assim como Simone Tebet e Alexandre Padilha. Isso foi uma mudança significativa”, analisou.
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Folena também destacou que Lula conseguiu “enfraquecer a extrema direita” e demonstrar liderança, mesmo sem uma maioria parlamentar. Ele acredita que isso pode favorecer uma candidatura forte nas eleições presidenciais de 2026. “Tudo indica que poderemos ter, no ano que vem, um fenômeno semelhante ao de 2010, quando todos queriam estar ao lado do presidente Lula”, projetou.
Desafios da Direita Tradicional
De acordo com Folena, a direita tradicional e o centrão ainda não possuem um nome competitivo para o próximo pleito do Executivo. “Os candidatos disponíveis até agora não são capazes de enfrentar o presidente Lula. A classe dominante brasileira não tem um nome com capacidade para um embate político efetivo com ele”, afirmou.
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Ele mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um exemplo de liderança que perdeu força ao adotar pautas alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à política de Donald Trump. “O governador se mostrou despreparado para ser um candidato à altura e enfrentar o presidente Lula”, disse.
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.












