O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conduziu nesta quarta-feira, 5 de novembro de 2025, uma série de reuniões bilaterais no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. O objetivo principal era fortalecer a cooperação internacional em relação ao financiamento destinado à luta contra as mudanças climáticas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A escolha do museu, que abriga uma reserva de floresta amazônica no centro da cidade, visava enfatizar a importância da diplomacia ambiental.
Preparação para a Cúpula de Líderes
As reuniões foram parte da preparação para a Cúpula de Líderes, que ocorre entre quinta e sexta-feira, 6 e 7 de novembro de 2025. O evento reunirá chefes de Estado e representantes de diversos países. O formato inovador, com a reunião de líderes de Estado antes da abertura oficial da conferência, foi destacado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, como uma forma de chamar a atenção para os graves problemas relacionados à mudança climática.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Reuniões Bilaterais Chave
Durante a manhã, o presidente Lula teve três encontros bilaterais. O primeiro foi com o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Sidi Ould Tah. A conversa focou em investimentos em projetos sustentáveis na Amazônia, incluindo a criação de linhas de crédito voltadas à transição ecológica.
O Brasil busca atrair o BAD para o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma das principais apostas brasileiras para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).
LEIA TAMBÉM!
Em seguida, Lula se reuniu com o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, discutindo cooperação tecnológica e o compartilhamento de experiências em economia sustentável. A última reunião da manhã foi com o presidente de Comores, Azali Assoumani.
O presidente do Congo, Denis Sassou N’Guesso, não conseguiu comparecer à reunião agendada, mas o Poder360 apurou que o encontro poderá ser realizado durante a conferência.
Temas Abordados na Cúpula
Além do TFFF, a cúpula deve anunciar ações relacionadas ao manejo integrado de fogo, o compromisso com combustíveis sustentáveis e a relação entre fome, pobreza e ação climática. A iniciativa brasileira busca atrair o Banco Mundial para administrar o fundo.
A escolha do Museu Goeldi, uma das instituições científicas mais antigas da Amazônia, foi um gesto para a diplomacia ambiental. As fotos oficiais dos encontros foram feitas diante de uma sumaúma, árvore gigante considerada “a mãe da floresta”.
