Encontro entre Lula e Trump em Kuala Lumpur
No próximo domingo (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrarão em Kuala Lumpur, Malásia. O encontro ocorre em um momento de crise diplomática entre os dois países, a maior em 200 anos de relações bilaterais.
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Essa será a primeira reunião presencial entre os dois líderes desde suas reeleições. Ambos estão na Malásia para participar da 47ª reunião de cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático). Assessores de Lula esperam que a conversa com Trump seja breve e cordial.
Expectativas do Encontro
Para os assessores de Lula, o encontro é considerado um “quebra-gelo” diplomático, sem a expectativa de acordos imediatos. Uma nota à imprensa deve ser divulgada após a reunião.
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De acordo com informações da CNN, a reunião está agendada para ocorrer entre 6h e 7h da manhã, no horário de Brasília, no Centro de Convenções da capital malaia, um local considerado “campo neutro” por diplomatas. Lula afirmou que o governo brasileiro ainda não recebeu exigências de Washington sobre a redução das sobretaxas aplicadas aos produtos brasileiros.
Foco nas Tarifas e Comércio
Trump, durante o voo para Kuala Lumpur, declarou que está aberto a discutir a redução das tarifas sobre produtos brasileiros, mas que isso dependerá das circunstâncias. O foco da reunião deverá ser o comércio, com discussões sobre política regional e questões ambientais.
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Lula busca restabelecer o diálogo com os EUA e garantir uma sinalização de redução das tarifas que impactam a indústria brasileira. Interlocutores acreditam que, mesmo sem resultados imediatos, uma conversa produtiva pode facilitar uma revisão gradual das medidas.
Otimismo e Cautela no Setor Produtivo
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, expressou otimismo em relação ao encontro, considerando-o uma oportunidade para destravar o comércio. Alban acredita que o diálogo entre os líderes pode acelerar soluções técnicas que estão sendo discutidas há meses.
Lula, que completou 79 anos recentemente, fez uma brincadeira ao convidar Trump para “um pedacinho de bolo”, reforçando o clima de reaproximação. Apesar do otimismo, fontes do Itamaraty reconhecem que a discussão é delicada e que há preocupação com o formato da reunião, buscando evitar constrangimentos públicos.
Ao final de sua fala, Lula reiterou sua disposição para encontrar soluções, enfatizando que tudo depende da conversa. Há também a expectativa de que Lula reitere o convite para Trump participar da COP30 em novembro e se apresente como mediador para conflitos na América do Sul.
