Encontro entre Lula e Trump: Tensão e Sanções

Na terça-feira, 22, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump estarão no mesmo espaço pela primeira vez neste ano, em um cenário de maior crise na relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos. Os dois farão discursos em sequência, no mesmo púlpito, abrindo espaço para um possível encontro.

Os presidentes poderão ficar na mesma sala antes de irem discursar, mas podem usar caminhos diferentes para não se cruzarem, caso um deles assim deseje. A situação se desenrola em meio a tensões diplomáticas e sanções impostas pelo governo americano.

Repercussão das Sanções Americanas

A véspera do evento foi marcada pelo anúncio de novas sanções por parte de Donald Trump, que agora visa Viviane de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), e uma empresa da família. O governo americano justifica a medida como forma de pressionar a Justiça brasileira a desistir do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a ação “deixa claro que o Tesouro continuará a ir atrás de indivíduos que fornecem apoio material a Moraes enquanto ele viola os direitos humanos”. O Itamaraty rebateu com “profunda indignação” e acusou a medida de “novo ataque à soberania brasileira”.

Outras Ações e Negociações

Além das sanções, Trump impôs uma tarifa de 50% contra produtos brasileiros, que entrou em vigor em 6 de agosto. Ele alega que a medida é uma resposta às ações do Brasil contra Bolsonaro e a processos judiciais brasileiros contra empresas americanas. O governo brasileiro busca negociar com a gestão Trump, mas enfrenta dificuldades e não conseguiu estabelecer uma mesa de negociação.

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Lula participou na segunda de um encontro de alto nível sobre a Palestina, organizado por França e Arábia Saudita. O Brasil já reconhece oficialmente a Palestina como país desde 2010. O governo brasileiro anuncia oficialmente a formalização do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), um mecanismo financeiro inovador que promete mobilizar US$ 125 bilhões para distribuir US$ 4 bilhões anuais a países com florestas tropicais.

A agenda de Trump terá reuniões bilaterais com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, da Argentina, Javier Milei, e uma conversa multilateral com os líderes de Qatar, Arábia Saudita, Indonésia, Turquia, Paquistão, Egito e Emirados Árabes, segundo a Casa Branca.

Conclusão

O encontro entre Lula e Trump, que ocorre na Assembleia Geral da ONU, representa um momento crucial na relação bilateral. As agendas divergentes dos dois líderes, com foco em temas como multilateralismo, mudanças climáticas e o reconhecimento do Estado Palestino, prometem gerar debates intensos e, possivelmente, novas tensões diplomáticas.